A dengue avança rapidamente no estado de São Paulo. Em apenas três dias, o número de mortes confirmadas dobrou, passando de 14 para 28 óbitos. O total de casos registrados também subiu de 82 mil para 99 mil, de acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde.
O aumento de casos não acontece apenas em São Paulo. No Brasil inteiro, o número de infecções prováveis saltou de 139 mil para 169 mil em três dias, enquanto as mortes confirmadas cresceram de 21 para 37. O número de óbitos em investigação também subiu de 160 para 200, sendo que 138 desses casos suspeitos estão em São Paulo.
O Ministério da Saúde atribui esse crescimento à circulação do sorotipo 3 da dengue, que voltou a se espalhar no país depois de anos sem grande presença. Segundo especialistas, esse tipo do vírus tem impactado principalmente São Paulo e, em menor escala, o Paraná.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde indicam que já há 102 mil casos prováveis de dengue, sendo 45 mil confirmados. 21 mortes foram oficialmente registradas, das quais 11 eram de idosos com mais de 65 anos, grupo mais vulnerável às complicações da doença.
A gravidade da situação tem levado muitas cidades a adotarem medidas emergenciais. 44 municípios paulistas já decretaram estado de emergência, um aumento significativo em relação à segunda-feira (27), quando eram 37 cidades nessa situação.
Diante do avanço da dengue, o governo federal e estadual ampliaram suas ações. Desde os dias 9 e 23 de janeiro, centros de vigilância específicos para o combate à doença foram criados para fortalecer o monitoramento e ajudar os municípios mais afetados.
As autoridades reforçam a importância da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, além da busca por atendimento médico imediato em caso de sintomas como febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas e sangramentos.
Com o número de casos subindo de forma alarmante, a população precisa redobrar os cuidados e seguir todas as orientações para evitar uma crise ainda maior.
