A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou, na tarde desta segunda-feira (4), mais três óbitos por dengue, elevando o total de mortes para 80 em 2024. Os novos falecimentos ocorreram entre 15 de junho e 21 de julho. No acumulado do ano, já são 120.216 casos confirmados da doença na cidade. A Secretaria lamentou as perdas e reforçou a necessidade de prevenção constante contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Perfil dos óbitos e situação da dengue na cidade
As três vítimas tinham comorbidades e foram atendidas tanto na rede pública quanto na privada. Os casos confirmados ocorreram nas regiões de abrangência dos Centros de Saúde Aurélia, Campo Belo e São Bernardo. Abaixo, um resumo das vítimas:
- Homem, 62 anos, morador do CS Aurélia, com sintomas desde 9 de junho e óbito em 15 de junho.
- Mulher, 21 anos, moradora do CS Campo Belo, com sintomas desde 13 de julho e óbito em 21 de julho.
- Mulher, 84 anos, moradora do CS São Bernardo, com sintomas desde 23 de maio e óbito em 25 de junho.
Medidas de controle, como a eliminação de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização das áreas afetadas, foram aplicadas nas regiões das vítimas.
Prevenção contínua contra a dengue
Embora o estado de emergência tenha sido declarado encerrado em 14 de junho, os casos continuam elevados. A Secretaria de Saúde reitera a importância da eliminação de focos do mosquito, como recipientes com água parada, lajes e calhas. Com o aumento das temperaturas, o ambiente se torna ainda mais propício à proliferação do Aedes aegypti. O coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, recomenda que cada pessoa reserve dez minutos semanais para eliminar potenciais criadouros em casa.
Esforços de combate e novas tecnologias em assistência
A Secretaria de Saúde de Campinas adotou uma série de ações preventivas, como o reforço de insumos e um sistema de monitoramento via inteligência artificial para acompanhar pacientes com suspeita de dengue. Em parceria com um chatbot de WhatsApp, a prefeitura orienta pacientes diagnosticados e, se necessário, os redireciona para novos atendimentos. Até 10 de outubro, 46.838 pacientes foram acompanhados, dos quais 15.891 precisaram de reencaminhamento para serviços de saúde.
Outras medidas incluem a intensificação da coleta de resíduos urbanos para reduzir pontos de acúmulo de água e o estabelecimento do Grupo de Resposta Unificada (GRU), que coordena a fiscalização de denúncias sobre criadouros.
Números de ações de combate até outubro
- Controle de criadouros: mais de 1,4 milhão de imóveis visitados
- Nebulização: cobertura de 224.582 imóveis
Contexto nacional e importância do diagnóstico precoce
A circulação de três sorotipos do vírus da dengue e as condições climáticas favoráveis têm intensificado a epidemia no Brasil. Em Campinas, as autoridades reforçam a importância de procurar atendimento médico imediato em caso de febre e não realizar automedicação. Sintomas graves, como tontura, dor abdominal forte ou sangramentos, exigem busca imediata de auxílio em unidades de pronto atendimento.