A partir de novembro, a conta de luz terá a bandeira tarifária amarela, com um custo adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a redução após dois meses de tarifa no nível vermelho, que impunha um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos, sendo o patamar mais alto desde agosto de 2021.
A Aneel justificou a mudança pela leve melhora nas condições de geração de energia, com chuvas que amenizaram a situação nas hidrelétricas do país. Ainda assim, as condições de chuvas e vazões nas regiões das hidrelétricas continuam abaixo da média, mantendo a necessidade de geração de energia termelétrica para suprir a demanda.
Histórico das bandeiras tarifárias em 2023
As bandeiras tarifárias, criadas pela Aneel em 2015, refletem o custo variável da geração de energia. Em 2023, a sequência de bandeira verde — sem cobrança extra —, iniciada em abril de 2022, foi interrompida em julho, com a aplicação da bandeira amarela. Em agosto, o patamar verde voltou a vigorar, seguido pela bandeira vermelha patamar 1 em setembro. Devido às altas temperaturas e seca intensa, a Aneel aplicou a bandeira vermelha patamar 2 em outubro, o que gerou a cobrança mais elevada do ano até o momento.
Com o sistema de bandeiras tarifárias, o consumidor pode acompanhar os custos de energia e ajustar seu consumo para mitigar o impacto na conta de luz, especialmente em períodos de bandeira vermelha, quando a energia é mais cara.
Entenda as bandeiras tarifárias e suas cobranças:
- Verde: sem acréscimo na conta de luz.
- Amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
- Vermelha Patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh.
- Vermelha Patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
As bandeiras tarifárias estão diretamente relacionadas aos custos do Sistema Interligado Nacional (SIN), que engloba praticamente todo o país, exceto algumas regiões isoladas no Norte e em partes de Mato Grosso. Nesses locais, a geração é suprida principalmente por termelétricas movidas a óleo diesel, sendo a geração mais cara e que influencia diretamente o acionamento de bandeiras tarifárias mais elevadas.