A cidade de Americana (SP) foi premiada pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose de São Paulo, durante o Fórum Estadual da Tuberculose, realizado dentro da programação do 1º Simpósio Integrado de Vigilância Epidemiológica do Estado, na segunda-feira (7), na capital paulista.
A Secretaria de Saúde do município recebeu um certificado atestando excelência na avaliação dos pacientes no ano de 2023. A premiação é concedida às cidades que atingiram ou ultrapassaram 70% de avaliação dos contatos (pessoas que mantiveram contato com o paciente) a partir dos casos confirmados.
Ao longo do ano passado, o programa municipal de tuberculose notificou 35 novos casos, sendo que a equipe identificou 96 contatos e examinou 92 deles. Isto significa que o serviço local conseguiu examinar 95,83% dos contatos identificados.
A avaliação dos contatos em relação à tuberculose tem como objetivo a identificação precoce de casos, visando reduzir ou mesmo interromper a transmissão da doença.
“Este prêmio é um reconhecimento do trabalho que o município vem prestando em relação ao controle da tuberculose. E isso tem sido feito por uma equipe técnica comprometida e qualificada, o que resulta em ótimos indicadores, seja no âmbito da assistência especializada ou da prevenção”, destacou o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.
“A premiação é o resultado de um trabalho em equipe, que busca sempre melhorar cada vez mais o atendimento, com eficiência, técnica e acolhimento humanizado”, avaliou a coordenadora do SAE (Serviço de Assistência Especializada em Infectologia), Mariah Assalone de Morais.
“Esse bom desempenho conferido pelos órgãos estaduais de saúde revela a dedicação e o profissionalismo com que nossas equipes atuam. Isso é fruto das ações integradas entre os setores da Vigilância em Saúde e toda a rede básica, visando sempre o melhor acolhimento, com atenção ao cuidado e à prevenção”, afirmou a enfermeira interlocutora do programa municipal de controle da doença, Leda Maria Ribeiro.
A doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Estudos indicam que uma pessoa com tuberculose pulmonar ativa e sem tratamento, que esteja eliminando aerossóis com bacilos (agente causador), pode infectar entre 10 a 15 pessoas anualmente em uma comunidade.
As populações consideradas mais vulneráveis são: indígenas, indivíduos privados de liberdade, pessoas que vivem com HIV/Aids e as que estão em situação de rua.
Todo indivíduo que apresente tosse por três semanas ou mais deve procurar uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e realizar o exame de baciloscopia no escarro.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais frequentes são:
– Tosse seca com secreção por mais de três semanas
– Cansaço excessivo e prostração
– Febre baixa, geralmente no período da tarde
– Suor noturno
– Falta de apetite
– Emagrecimento acentuado
– Rouquidão
A tuberculose pode também ser confundida com uma gripe, o que aumenta consideravelmente as chances de transmissão entre as pessoas.
A transmissão acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento, e a inalação desses aerossóis por um indivíduo suscetível.
Prevenção e tratamento
A vacina BCG, disponível em toda a rede básica de saúde do município, é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença.
A melhor forma de prevenir a transmissão é por meio do diagnóstico precoce e início do tratamento adequado o mais rápido possível. É sabido que em torno de 15 dias após iniciado o tratamento a pessoa já não transmite mais a doença.
Uma vez confirmado o diagnóstico, o paciente deverá realizar todo o seu tratamento até a cura definitiva. Vacinação com BCG, ambientes bem ventilados e limpos, além de hábitos saudáveis, são medidas de prevenção contra as doenças infectocontagiosas como a tuberculose.
Em Americana, a assistência aos pacientes com tuberculose é feita no SAE, localizado na Rua Ana Almeida Pioli, s/n, esquina com a Rua Cuiabá, ao lado do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. Os telefones do ambulatório são (19) 3478-3039 e (19) 3468-3906.