Acusado de favorecer a exploração sexual de adolescente, produzindo, exibindo e vendendo imagens pornográficas da vítima, um homem foi condenado, pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), a 19 anos de prisão em regime inicial fechado e a sentença impõe ao réu a obrigação de pagar R$ 75 mil à vítima como forma de reparação por dano moral.
O caso ocorreu na capital paulista e contou com atuação da Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica. Segundo denúncia da promotora Roberta Moraes, e alegações finais da também promotora Ana Carolina Villaboim, que cita relatório elaborado pelo CyberGaeco, o réu atuava como professor na escola em que a vítima estudava.
Ele teria sido exonerado de suas funções na unidade de ensino, após se envolver com a adolescente. Os dois foram morar juntos quando a jovem tinha 16 anos e, nesse período, o homem a cadastrou em um site de conteúdo adulto, passando a cobrar dos usuários o valor de R$ 50 em troca de 10 minutos de interação por vídeo.
O lucro obtido ficava integralmente com o réu. Após o fim do relacionamento, a adolescente retornou para a casa da mãe e passou a ser importunada pelo homem, que ameaçava divulgar fotos e vídeos íntimos que mantinha em seu poder e mostravam a vítima em poses pornográficas.