O Governo de São Paulo está prestes a realizar o leilão de desestatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), programado para esta sexta-feira (19), na B3, em São Paulo. A Emae, que no último ano produziu 1.663 GWh de energia, possui capacidade suficiente para suprir cerca de 825 mil residências na região metropolitana.
Criada em 1998, a Emae surgiu da cisão da Eletropaulo e tem papel fundamental no controle de cheias e na gestão dos rios Pinheiros e Tietê, além de oferecer serviços de travessia por balsas, operando 24 horas por dia nas rotas Bororé, Taquacetuba e João Basso. A empresa, que em 2023 registrou uma receita líquida de R$ 603 milhões e valor de mercado estimado em R$ 2,3 bilhões, é vista como uma peça-chave nas operações de infraestrutura energética do estado.
A venda da participação do Estado na Emae é parte de um programa maior que inclui mais 13 projetos de leilões ao longo de 2024, com investimentos privados estimados em mais de R$ 220 bilhões. Estes projetos visam modernizar e expandir a infraestrutura do estado, seguindo o sucesso do leilão do Trem Intercidades Eixo Norte e do Lote Litoral, este último avaliado em R$ 4,3 bilhões por um período de 30 anos.