Uma médica, de 32 anos, registrou queixa no Plantão Policial de Piracicaba (SP), na noite desta terça-feira (2), após ter levado um prejuízo de R$ 13.560,45 quando tentava validar seu diploma de médica no Brasil. Segundo Boletim de Ocorrência, a médica, que formou-se na Bolívia, relatou que ingressou com uma ação judicial, para que fosse reavaliado um procedimento administrativo que contestava a prova que ela fez para validação do diploma.
Para ajuizar a ação, no mês passado, ela contratou os serviços de um escritório de Advocacia instalado em Brasília, no Distrito Federal. Três dias depois, o representante de outro escritório entrou em contato com ela, dizendo que havia sido dado procedência na ação e que, para isso, ela teria de depositar R$ 5.998 – seria para despesas cartorárias e processuais.
O tal representante passou, para a médica, o número de uma conta bancária e o a chave de um Pix (e-mail), em nome de um homem. No dia seguinte, a mesma pessoa ligou dizendo que ela deveria pagar mais R$ 7.561,98, para encerrar o procedimento, e com isso mudar o status dela de reprovada para aprovada. Desta vez, ele passou número de outra conta e chave de Pix também, com nome de outro homem.
Outra pessoa entrou em contato com ela, por WhatsApp, pedindo desculpas pelo engano cometido por seus funcionários, mas que era preciso depositar o segundo valor para conseguir finalizar o processo. A médica pediu uma prova de que era tudo verdadeiro e recebeu uma página, da suposta advogada, com a logomarca do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. – a folha continha o número de processo e dados da vítima.
A partir daí, a médica não atendeu mais ninguém e em contato com a advogada que ela contratou soube, pela própria profissional, que seu WhatsApp (da contratada) havia sido clonado e estavam usando-o indevidamente.
