Até o dia 24 de março, Campinas está realizando um esforço concentrado na busca ativa de casos suspeitos de sarampo e rubéola, como parte da mobilização “Dia S”, que ocorre em âmbito estadual e nacional. A cidade, que registrou o último caso de rubéola em 2008 e de sarampo em 2021, visa reforçar as medidas preventivas contra estas doenças. Paralelamente, a Secretaria de Saúde de Campinas reitera a importância da vacinação.
Este trabalho busca identificar casos que possam ter passado despercebidos pelos serviços de saúde locais, com o objetivo de cortar a cadeia de transmissão através da investigação de contatos e imunização de indivíduos com esquemas vacinais incompletos. A Dra. Elda Motta, médica pediatra do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), enfatiza a necessidade de vigilância, especialmente no contexto atual de epidemia de dengue, devido a sintomas similares como exantema (manchas vermelhas).
A estratégia de busca ativa se divide em dois eixos: prospectivo, identificando pessoas com sinais e sintomas nas comunidades, e retrospectivo, revisando prontuários e fichas de atendimento dos últimos 30 dias. As vacinas contra sarampo e rubéola estão disponíveis nos 68 centros de saúde da cidade. A cobertura vacinal em 2023 para a primeira dose da tríplice viral foi de 93,99%, e para a segunda dose, 86,79%, ainda abaixo da meta de 95%.
A vacina SRC oferece proteção contra sarampo, rubéola e caxumba. O sarampo, altamente contagioso, pode levar a complicações graves como pneumonia e morte. A rubéola, também contagiosa, causa febre e manchas vermelhas, iniciando-se no rosto e se espalhando pelo corpo. A caxumba pode provocar inflamação das glândulas salivares e, em casos graves, infertilidade em homens e meningite viral. A vacinação é recomendada em duas doses aos 12 e 15 meses, com esquemas especiais para vacinação tardia até os 59 anos.