No último mês de dezembro, um adolescente de 14 anos morador de Socorro (SP) recebeu aparelho de implante coclear requerido em ação ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo (SP) contra o Estado de São Paulo e o município do interior. O dispositivo é imprescindível para o desenvolvimento e a qualidade de vida do jovem, que tem deficiência auditiva e síndrome de Down.
Segundo os autos do processo, iniciado pelo promotor de Justiça Elias Chaib, o adolescente recebeu implante coclear aos 4 anos e se adaptou bem a ele. Contudo, após diversas manutenções, o aparelho externo passou a apresentar problemas.
Em 2022, após consulta na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a mãe do jovem foi informada a sobre a necessidade de troca do artefato, já considerado obsoleto.
A ação foi proposta diante da negativa do município de Socorro em fornecer um novo aparelho e levando em consideração a ocorrência de gravíssimos prejuízos ao adolescente, que, por omissão do poder público, passou cerca de um ano privado da audição.
O implante coclear é um aparelho eletrônico colocado cirurgicamente dentro do ouvido que capta o som, com um microfone colocado atrás da orelha, e o transforma em impulsos elétricos diretamente sobre o nervo da audição.