O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, um dos principais centros médicos da região, enfrenta um sério desafio devido à queda de 40% nas doações de sangue. Este cenário preocupante levou ao adiamento de cinco procedimentos cirúrgicos entre os dias 4 e 5 de janeiro, destacando a crise no abastecimento de sangue necessário para operações.
O Hemocentro da Unicamp, responsável pelo fornecimento de sangue para os serviços atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), está com seus estoques em nível crítico. Conforme explicado pelo diretor técnico do Hospital Mário Gatti, cirurgias eletivas de grande porte necessitam de uma reserva de sangue de duas a três bolsas por paciente, para garantir a segurança durante a operação. A falta dessas reservas é um obstáculo direto para a realização desses procedimentos.
Apesar dos esforços para reagendar as cirurgias, a continuidade destes serviços depende fortemente de um aumento nas doações de sangue. O Hemocentro informa que, enquanto os tipos sanguíneos AB+ e B+ mantêm um nível estável, outros tipos como A+, A-, AB-, O-, B- e, especialmente, O+ estão em situação alarmante.
Eduardo Baungartner, analista executivo no Hemocentro da Unicamp, salienta a necessidade urgente de doações. Para manter um estoque estável, seriam necessárias entre 130 e 140 bolsas diárias, mas atualmente a média está em torno de 80.
A comunidade é incentivada a contribuir, sendo elegíveis para doação indivíduos entre 18 e 69 anos, com peso superior a 50 quilos e em bom estado de saúde. Restrições específicas são aplicadas a grupos como alcoolistas crônicos, pessoas com certas doenças infecciosas ou histórico de comportamentos de risco.
As doações podem ser feitas no Hemocentro da Unicamp e no Hospital Mário Gatti, de segunda a sábado, das 7h30 às 15h, inclusive em feriados.