A Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira (12) a liberação provisória de uma psicóloga de 31 anos, presa após procurar um hospital em Campinas com um recém-nascido morto em uma mala. O caso, ocorrido no dia 5 de dezembro, é investigado sob as acusações de aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento e ocultação de cadáver.
Após receber alta médica na última quarta-feira (6), a psicóloga foi detida em Paulínia (SP), tendo sua prisão em flagrante convertida em preventiva. O advogado Ralph Tórtima Filho, representante da acusada, descreveu a decisão judicial como “técnica”, “ponderada” e “humana”, enfatizando a necessidade de mais investigações para esclarecer completamente o caso.
Na análise do caso, o juiz Hélio Villaça Furukawa, da 2ª Vara Criminal e do Júri de Itu (SP), ressaltou a gravidade do delito e o impacto causado, mas enfatizou a importância de uma investigação mais detalhada. Além disso, estipulou condições para a liberdade provisória, incluindo comparecimentos bimestrais em juízo, manutenção de endereço atualizado e restrição de ausência da cidade sem autorização prévia.
A defesa da psicóloga aponta para uma “provável psicose puerperal”, transtorno mental que pode ocorrer no período pós-parto, alegando que a prisão era “injustificável”. Informações iniciais indicam que o parto ocorreu em casa entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro, sendo inicialmente mantido em segredo da família da gestante.
O caso segue sob investigação, com a polícia buscando esclarecer as circunstâncias exatas que levaram aos trágicos eventos.