Dezesseis anos após um crime ocorrido nas imediações de uma casa noturna situada na zona norte de São Paulo (SP), onde um homem matou uma pessoa e tentou matar outra, em Plenário realizado nesta terça-feira (5), os jurados acolheram integralmente os requerimentos feitos pelo Ministério Público e condenaram o réu a 19 anos de prisão.
No dia do crime, réu e vítimas saíam de uma casa noturna quando teve início uma discussão. Decidido a matar por vingança, agindo por motivo torpe, o condenado pegou uma arma de fogo e atirou contra a vítima sobrevivente, que não morreu porque os projéteis “picotaram”, não sendo detonados.
A vítima que morreu tentou interceder para impedir a agressão, mas teve sua defesa dificultada e foi atingida por um tiro nas costas.
Conforme reconhecido pelo Conselho de Sentença, com base em entendimento técnico do assunto defendido pelo MPSP, nas hipóteses de “picote” não há ineficácia absoluta do meio, pois diante de novos disparos os mesmos projéteis que falharam podem ser deflagrados.
Após a prática do crime, o réu ficou foragido por aproximadamente 12 anos até ser localizado em outro Estado, onde foi preso por outros fatos.
A denúncia foi elaborada pelo então promotor (hoje procurador de Justiça) Francisco Cembranelli. Já o Plenário contou com atuação do promotor de Justiça Danilo Roberto Mendes.
