A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realizou uma importante audiência pública na última quinta-feira (23) para discutir a preocupante queda na cobertura vacinal contra a paralisia infantil no estado. A deputada Solange Freitas (União) solicitou a audiência, que contou com a parceria da Fundação Abrinq, visando aumentar a conscientização e promover campanhas eficazes para a saúde pública.
Destaque no passado, o Brasil já foi um exemplo global na vacinação contra a poliomielite, conforme destacado pela epidemiologista Karina Ribeiro. Ela ressaltou a deterioração deste sucesso ao longo dos anos e a necessidade de compreender os motivos pelos quais as pessoas recusam vacinas. Karina categorizou as razões da recusa em três grupos: acesso, conhecimento e medo de eventos adversos. Ela enfatizou a importância de parcerias e iniciativas educacionais para combater a desinformação.
Brigina Kemp, assessora técnica do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), aprofundou a discussão sobre os fatores que contribuem para a queda na vacinação. Ela apresentou dados do projeto “ImunizaSUS”, que identificou desafios como armazenamento inadequado de vacinas, sobrecarga de equipes de saúde e desinformação na mídia.
Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Capital, compartilhou experiências sobre a implementação de campanhas de vacinação e destacou a importância da cooperação entre as unidades de saúde. Ela também mencionou a reemergência de doenças anteriormente eliminadas, como o sarampo, devido à baixa cobertura vacinal.
A Fundação Abrinq, apoiadora do evento, é reconhecida por seu trabalho de mais de 30 anos na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, enfatizando a importância da vacinação na proteção desse grupo vulnerável.
