Vinte e dois policiais civis e militares, entre eles um PM do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de Piracicaba, participaram, entre os dias 13 e 17 deste mês de um urso de capacitação ministrado pelo grupo francês “Groupe d’Intervention de la Gendarmerie Nationale” (GIGN) e que teve como instrutores o Adjudant chef Rodolphe e Adjudant Axel.
O treinamento aconteceu na sede do 4º Batalhão de Polícia de Choque (BOPE/SP) e na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB), ambas em São Paulo, capital. O primeiro dia da capacitação teve a presença do cônsul-geral da França em São Paulo (SP), Yves Teyssier d’Orfeuil.
Foram tratados como temas principais, os estudos de casos e a troca de informações sobre atuação policial em ocorrências de crise no Brasil e na França, técnicas e táticas de combate em ambiente confinado, técnicas de tiro de assalto e precisão, inovações tecnológicas sobre equipamentos e materiais, atuação em crises envolvendo estruturas tubulares como aviões, trens, metrô, com maior ênfase nos ônibus e outros assuntos.
O intenso treinamento foi viabilizado como fruto do trabalho de integração entre o alto Comando da PM, o coronel/PM Rodrigo Eval Arena, comandante do CPI-9 em Piracicaba (SP), o coronel/PM José Augusto Coutinho, comandante do policiamento de CHOQUE, do adjunto Adido de polícia da Embaixada da França, major/PM Henrique Ferreira e outras autoridades.
Os policiais militares e civis que participaram do treinamento são das seguintes unidades: 1º Batalhão de Choque, ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, COE (Comando de Operações Especiais), 1º BAEP (Campinas), 2º BAEP (Santos), 3º BAEP (São José dos Campos), 4º BAEP (São Paulo), 5º BAEP (Barueri), 6º BAEP (São Bernardo do Campo), 8º BAEP (Presidente Prudente), 10º BAEP (Piracicaba) e DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da Polícia Civil. As traduções foram feitas por seis intérpretes da Polícia militar.
ORIGEM DO GRUPO FRANCÊS – O GIGN foi criado na França após o atentado terrorista nos jogos olímpicos de Munique em 1972 e se especializou em incidentes em estruturas tubulares como aviões e navios, tornando-se referência mundial.
A parceria entre a PM paulista e a França é antiga e ocorre desde 1906 com a chegada da primeira missão francesa, fundamental para a formação e estruturação da polícia estadual que exala a influência francesa até os dias atuais.
Para o tenente-coronel/PM José Antônio Golini Junior, comandante do 10° BAEP, “a integração da unidade com outras forças policiais referências no Brasil e no mundo foi alinhada aos objetivos estratégicos do batalhão e de extrema valia, sendo que novos treinamentos já estão agendados”.