A batalha judicial em torno do caso da pequena Indi Gregory, de apenas oito meses, que sofre de uma doença mitocondrial, chegou ao seu desfecho no Reino Unido. Os médicos suspenderam o tratamento da bebê seguindo uma recente decisão da justiça, apesar dos esforços dos pais e da atenção internacional ao caso.
A doença de Indi, caracterizada pela incapacidade das células em gerar energia adequadamente, não possui cura. A equipe médica do Queen’s Medical Centre em Nottingham, onde ela estava sendo atendida, argumentou que prolongar o tratamento seria tanto ineficaz quanto doloroso para a criança, que já não possuía consciência de seu entorno.
O caso ganhou notoriedade internacional, com intervenções da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e até mesmo do Papa Francisco, que ofereceram apoio à família. O hospital pediátrico do Vaticano, Bambino Gesu, propôs-se a acolher Indi para tratamento continuado.
No entanto, o juiz Peter Jackson, ao avaliar o recurso dos pais, criticou as táticas legais utilizadas e enfatizou a falta de mérito na ação, decidindo que o tratamento deveria ser finalizado em um ambiente médico e não no domicílio da família.
Após a transferência de Indi para uma unidade de cuidados paliativos, houve um momento dramático quando ela temporariamente parou de respirar, mas logo retomou, conforme relatado pelo Christian Concern, grupo que apoiava a família.