Em meio a comemoração pela vaga conquistada para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Renan Dal Zotto pediu demissão da seleção masculina de vôlei. Ele fez o comunicado ainda na quadra, após a vitória apertada e sofrida diante da Itália por 3 sets a 2, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, parciais 25 x 23, 23 x 25, 15 x 25, 25 x 17 e 15 x 11. Foram seus vitórias em sete jogos – a única derrota foi para a Alemanha, que também carimbou seu passaporte para a França.
“Eu tomei a decisão nesta semana e falei com a minha esposa. É hora de dar uma pausa. Decisão familiar. Vou me afastar da seleção brasileira, mas não do vôlei. Uma orientação médica também por tudo o que passei em 2021 (quase morreu por conta da Covid-19). Os jogadores não sabem, a comissão técnica não sabe, vou conversar com eles agora no vestiário. Me afasto da seleção, mas não do vôlei, que é a minha vida, onde estou há 50 anos”, disse o treinador de 63 anos.
Renan Dal Zotto se sentia pressionado por conta das apresentações da seleção, a qual comandava desde 2017, após a saída de Bernardinho. Ele viu bons e maus momentos. Conquistou a Liga das Nações em 2021.
Para os Jogos de 2024, serão 12 países no vôlei masculino. A primeira vaga já é da França, por ser o país-sede; outras seis são via Pré-Olímpico, sendo dadas aos dois primeiros colocados dos três grupos da competição.
Além de Alemanha e Brasil, primeiro e segundo colocados no A, também já garantiram lugar na competição Estados Unidos e Japão, no B, cuja disputa aconteceu em Tóquio, no Japão, e Polônia e Canadá, no C, em que as partidas se deram em Xi’an, na China.
Restam cinco. As outras vagas serão via ranking da Federação Internacional de Vôlei, após a sua atualização depois da Liga das Nações de 2024, com a primeira indo para o continente que ainda estiver sem representante garantido e as demais sendo por ordem de aparição na lista.