A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) divulgou, nesta terça-feira (27), um aumento de 8% no número de transplantes de coração realizados entre janeiro e agosto de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
No total, foram registrados 97 procedimentos, contra 90 em 2022, marcando o maior índice dos últimos seis anos. Paralelamente, o número de doadores também apresentou crescimento, retornando aos patamares observados antes da pandemia de Covid-19.
A espera por um transplante cardíaco varia, sendo influenciada pela disponibilidade do órgão. Em média, um coração é disponibilizado para potenciais receptores do grupo sanguíneo B em um intervalo de 1 a 3 meses. A distribuição dos órgãos segue critérios técnicos estabelecidos por lei, considerando aspectos como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso, altura e genética, bem como o risco iminente de morte do paciente na fila.
Francisco Monteiro, Coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, detalha: “No caso do coração, priorizamos pacientes em situações mais graves, como aqueles que necessitam de medicamentos intravenosos contínuos para auxiliar o funcionamento cardíaco”.
Além dos transplantes cardíacos, a SES informou que, nos primeiros oito meses de 2023, São Paulo realizou 5.875 transplantes, um aumento de 9,5% em relação a 2022. Os transplantes de córnea lideram a lista, seguidos pelos de rim. Notavelmente, os transplantes de fígado tiveram um crescimento expressivo de 30,4% neste ano.
A doação de órgãos, conforme diretrizes do SUS, deve ser consentida. Para ser um doador, é essencial comunicar o desejo à família. A Central de Transplantes reforça a importância do diálogo familiar sobre a decisão de doar, sublinhando que essa atitude pode salvar inúmeras vidas.