A Prefeitura de Limeira dará início, na próxima segunda-feira (21), ao manejo das capivaras localizadas no Parque Ecológico do Jardim do Lago. O objetivo principal é identificar se os animais são portadores da Rickettsia rickettsii, bactéria causadora da febre maculosa.
Este procedimento foi autorizado na tarde de quinta-feira (17) pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, através da Coordenadoria de Fauna Silvestre.
O plano envolve a coleta de amostras de sangue de 14 capivaras adultas. A Divisão de Vigilância de Zoonoses e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura serão responsáveis pela captura dos animais. A estratégia inicial é a instalação de bretes, compartimentos específicos para retenção dos animais, seguida da colocação de ceva, utilizando cana-de-açúcar e milho, para atrair as capivaras.
Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, gerente da Divisão, ressaltou que a captura pode levar algum tempo, pois depende da atração dos animais para os bretes. Uma vez capturadas, as capivaras serão sedadas, receberão microchips e serão marcadas para fácil identificação. A coleta de sangue será realizada por um veterinário especializado.
As amostras coletadas serão enviadas ao Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores (LabZoo), pertencente à Divisão de Controle de Zoonoses de São Paulo. Os resultados, que determinarão a presença ou ausência da bactéria e também o sexo dos animais, estarão disponíveis em 48 horas.
Pedrina esclarece que um resultado positivo indica que o animal já teve contato com a bactéria e desenvolveu anticorpos, tornando-se imune. Um resultado negativo, por outro lado, mostra que a capivara é suscetível à infecção. “O protocolo a ser seguido para animais suscetíveis será determinado pelo governo estadual”, concluiu Pedrina.