Em uma sessão da Câmara Municipal de Cândido Mendes, no Maranhão, o vereador Sababa Filho (PCdoB) fez acusações sérias contra o prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus, conhecido como Facinho (PL). Durante seu discurso, Sababa alegou ter recebido um suborno de R$ 300 mil do prefeito para renunciar ao seu mandato.
De acordo com o vereador, o objetivo do suborno seria permitir que um aliado do prefeito assumisse sua vaga na Câmara. Sababa afirmou que o dinheiro teria sido entregue por um empresário associado à família do prefeito. Durante seu discurso, o vereador rasgou uma carta de renúncia, abriu uma mochila e retirou maços de notas de R$ 50, que, segundo ele, seriam o dinheiro do suborno.
“Está aqui a minha carta, que eu vou rasgar. Se eu fosse renunciar, ia rasgar meu diploma. Posso sair daqui morto, posso estar assinando minha sentença de morte e todos os meus parentes, que tomem cuidado com as suas vidas”, declarou o vereador. Ele também afirmou que o dinheiro que recebeu para renunciar seria devolvido ao povo, jogando as notas pela janela da Câmara. Assista:
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— Rápido no Ar (@rapidonoar) August 5, 2023
O ato de Sababa gerou uma aglomeração de pessoas tentando pegar as cédulas jogadas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a cena do lado de fora da Câmara.
O vereador registrou o caso na delegacia, e a origem do dinheiro será investigada. Em resposta às acusações, a Prefeitura de Cândido Mendes emitiu uma nota classificando o discurso de Sababa como um “espetáculo político” destinado a atrapalhar o prefeito Facinho. A nota afirma ainda que as acusações do vereador são “infundadas e levianas”.
Cândido Mendes, que tem quase 20 mil habitantes, possui uma Câmara de vereadores composta por 11 parlamentares, sendo três do PL — partido do prefeito —, dois do Avante, PCdoB e PP, além de um do PDT e do PSDB.