O Dia Nacional de Controle da Asma é uma data importante para mostrar os cuidados que as pes-soas devem ter em relação à doença. A data, lembrada em 21 de junho, reforça a importância de visitas regulares ao médico.
Se diagnosticada, a doença requer disciplina no tratamento, segundo João Carlos Rodrigues de Almeida, médico pneumologista da Hapvida NotreDame Intermédica. Isso porque reações podem surgir, por exemplo, em dias com ar frio e seco, características típicas do inverno.
Veja a seguir as respostas do Dr. João Carlos às 7 principais dúvidas sobre a asma.
1 – O que é a asma?
Dr. João Carlos Rodrigues – É uma doença inflamatória dos brônquios. Na asma, os brônquios ficam hipersensíveis e reagem estreitando seu calibre, denominado broncoespasmo, a estímulos como variações climáticas, poluição do ar, como a fumaça de cigarro, e infecções, entre outros.
2 – Este quadro é complexo?
Este espasmo pode ser tão intenso que a pessoa mal consegue respirar, podendo ser fatal. Estima-se que morram diariamente cerca de 5 pessoas por asma no Brasil.
3 – A doença atinge alguma faixa etária em particular?
A asma pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais comum que os sintomas se manifes-tem durante a infância. No entanto, também é possível desenvolver asma na idade adulta, mesmo que a pessoa nunca tenha tido sintomas antes.
4 – Há um grupo de pacientes em que a alergia está presente. Como é isso?
Nos asmáticos com alergia, o contato com o provocador da alergia pode desencadear uma crise de asma. Por exemplo, um asmático vai à praia e fica em uma acomodação com mofo, ou empo-eirada, é provável que tenha uma crise. Até mesmo o ar frio e seco, comum no inverno, pode ser gatilho para uma crise.
É importante saber que a asma não resulta de baixa imunidade; na verdade, o asmático tem uma hiper-reação do organismo a um fator desencadeante presente no ar.
5 – A atividade física é uma das práticas que ajudam na qualidade de vida. Como é a re-lação da asma com essa atividade?
A asma não deve ser um empecilho para a prática de atividade física. Embora possa ser um desa-fio para alguns atletas, muitos indivíduos asmáticos conseguem praticar esportes olímpicos e al-cançar sucesso. Alguns exemplos incluem o nadador norte-americano Michael Phelps, o velocista britânico Mo Farah e a jogadora de tênis australiana Belinda Bencic.
6 – Bronquite e asma, há relação entre elas?
A asma e a bronquite são duas condições respiratórias diferentes, embora alguns sintomas sejam semelhantes. A asma é geralmente causada por uma combinação de fatores genéticos e ambien-tais, como alergias, exposição a substâncias irritantes ou infecções respiratórias. Já a bronquite crônica está frequentemente associada ao tabagismo e à exposição a substâncias irritantes respi-ratórias, como poluição do ar ou poeira.
7 – A asma merece cuidados mesmo quando não há crise. É isso?
Por ser uma doença inflamatória crônica, potencialmente grave, a asma exige tratamento contí-nuo, mesmo fora das crises, como forma de diminuir a hipersensibilidade dos brônquios. Infeliz-mente, grande parte dos asmáticos não faz o tratamento regularmente e daí resultam os casos graves e até de morte.