Flamengo e Athletico-PR se enfrentam hoje, às 17h (de Brasília) no Estádio Monumental de Guayaquil (Equador), pela final da Taça Libertadores da América. O Mengão tentará a conquista do tricampeonato, depois dos títulos de 1981 e 2019, e chega a sua quarta final. O Athletico-PR ainda busca o título inédito depois do vice de 2005.
Além da glória eterna da conquista, a final vai valer uma bolada em termos financeiros. O campeão deste ano receberá 16 milhões de dólares como premiação (R$ 85 milhões). O vice-campeão terá direito a 6 milhões de dólares, o equivalente a R$ 32 milhões. Somando toda a premiação da competição, o campeão da Libertadores de 2022 terá acumulado 23,5 milhões de dólares, aproximadamente R$ 125 milhões.
O Flamengo atuará com o tradicional vermelho e preto, com listras horizontais, e calção branco, enquanto o Athletico-PR jogará com sua camisa branca e calção preto. O uniforme do goleiro Santos será todo azul. Bento estará no gol do Athletico-PR com um informe também azul. A arbitragem estará de camisa amarela e calção preto.
O Mengão carimbou seu passaporte ao vencer o Vélez Sarsfield por 2 a 1, de virada, no Maracanã, gols de Pedro e Marinho. Lucas Pratto, ex-Atlético/MG e São Paulo abriu o placar. No jogo de ida, o Mengão goleou por 4 a 0, em Buenos Aires.
O Furacão avançou ao empatar por 2 a 2 com o Palmeiras, no Allianz Parque, após vencer o jogo de ida por 1 a 0, na Arena da Baixada.
Invicto há oito jogos, o time de Dorival Júnior conquistou recentemente a Copa do Brasil, ao bater o Corinthians nos pênaltis, e vai em busca de mais uma glória. O que preocupa é que o time carioca sofreu 11 gols nos últimos 10 jogos. Por outro lado, Pedro tem 29 gols na temporada, 12 deles pela Libertadores. Já o uruguaio Arrascaeta tem 19 assistências.
O Furacão sofreu 17 gols nos últimos 10 jogos. Por outro lado, balançou a rede nos últimos seis jogos. O uruguaio David Terans é o destaque, com 14 gols e 8 assistências no ano.
Será a quinta final brasileira da história da Libertadores. A última foi conquistada pelo Palmeiras, que derrotou o Flamengo por 2 a 1, na prorrogação, no dia 27 de novembro de 2021 no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai).
Em 2020 o Verdão também ficou com o título, ao superar o Santos por 1 a 0, no Maracanã. A primeira edição da Libertadores com final brasileira foi em 2005, quando o São Paulo derrotou o Athletico-PR. Um ano depois o time do Morumbi voltou a buscar a conquista continental, mas o troféu ficou com o Internacional.
Caso conquiste a taça, o Flamengo não fará a tradicional festa pelas ruas do Rio em respeito ao processo eleitoral. Para evitar tumultos e confusão, a diretoria aceitou a recomendação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma possível festa poderia ser marcada para o Maracanã, onde o time recebe o Corinthians no feriado de 2 de novembro.
O presidente do clube, Rodolfo Landim, se reuniu com o técnico Dorival Júnior e o capitão Diego Ribas para avaliar o pedido e aceitaram colaborar. O Flamengo já informou que caso vença o Athletico-PR, “não haverá qualquer festividade pública, desfile ou exibição do troféu ou do elenco no dia da eleição.”
Em resposta das autoridades, ficou garantido ao Flamengo um esquema de evacuação de todo o elenco e sua comissão no aeroporto “sem qualquer contato com o público.” O clube vai informar seus torcedores para que não compareçam ao desembarque, deixando uma possível festa para outro dia.
Felipão
Nenhum treinador brasileiro decidiu mais a Libertadores do que Felipão. O gaúcho disputará a quarta final da competição e buscará seu terceiro título. Aos 73 anos, 55 deles dedicados ao futebol, o comandante do Athletico-PR já adiantou que se aposenta no fim do ano e gostaria de erguer a taça para coroar a bela carreira no futebol.
Felipão deve assumir um cargo diretivo no Athletico-PR após a última rodada do Brasileirão e permanecer em Curitiba em 2023. Mas não descarta esticar sua presença no banco de reservas caso consiga levar os paranaenses ao Mundial de Clubes, o que o “obrigaria” a adiar a aposentadoria de técnico por alguns jogos.
Campeão em 1995 com o Grêmio e depois com o Palmeiras em 1999 – seria, ainda, vice em 2000 com os paulistas – o técnico sabe que terá uma missão bastante complicada diante do Flamengo. Sem clube no começo do ano, Felipão jamais imaginou que pudesse fechar a temporada disputando o principal título do continente.
Flamengo x Athletico/PR
Flamengo – Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabigol e Pedro. Técnico – Dorival Júnior.
Athletico/PR – Bento; Khellven, Thiago Heleno, Pedro Henrique e Abner Vinícius; Erick, Fernandinho, Hugo Moura e David Terans; Pablo e Cuello (Vitor Roque ou Cannobio). Técnico – Luiz Felipe Scolari.
Árbitro – Patricio Loustau (Argentina).
Local – Estádio Monumental de Guayaquil (Equador), às 17h.