Sabe aquela pessoa que você gostaria de encontrar todos os dias, porque deixava seu coração cheio de alegria e esperança? Pois bem, assim era Gerson Bragoto Tank. Hoje, infelizmente esse ser humano acima da média nos deixou aos 75 anos.
Sem medo de errar, mas era um dos dez limeirenses mais queridos da cidade. Ex-goleiro da Inter de Limeira, atuante na bocha do Nosso Clube, eterno presidente da Corporação Arthur Giambelli, leonino e são-paulino roxo.
Gersão, filho de seu Arnaldo e de dona Guilhermina, esposo de Mariluza e pais de Gislaine e Paula, era sinônimo de alegria.
E os mais chegados estavam preocupados com sua saúde nas últimas semanas. Aquele homem alto e forte, que falava para todo mundo que sua saúde era de ferro, adoeceu. E não teve forças para reagir.
No último Dia do Goleiro, comemorado em 26 de abril, fez questão de ligar para a Gazeta de Limeira para que a Coluna Pimba não esquecesse de homenagear todos os arqueiros por seu dia, incluindo ele próprio.
Gerson Tank era aquela pessoa que chegava nos ambientes e tomava conta. Falava alto, gesticulava muito e não parava de sorrir. Fazia de tudo para que a pessoa que estivesse ao seu lado se sentisse bem.
Gerson Tank nasceu em 27 de janeiro de 1947. Morou a vida toda na Avenida Piracicaba. Começou trabalhando como balconista no bar do tio Álvaro Tank. Depois, virou economista e contador.
Como goleiro, era fã de Gilmar dos Santos Neves e jogou na Inter, no futebol amador, no futsal e era bochófilo. Foi duas vezes campeão amador e vice-campeão regional. Ganhou seis títulos no futsal e foi seis vezes campeão do Torneio 1º de Maio de Cordeirópolis defendendo a Usina São Jerônimo.
Em entrevista a Janela do João em 2001, disse que seus melhores companheiros no futebol foram Adir, Tatão, Candian, Luizinho, Prisco, Castilho, Paulo Marmo, Zé Bolinho e Nenê.
No futsal defendia o time dos dentistas em torneios na Refiunião. Jogava ao lado de Richard Drago, Zé Ponzo, Tuca Soares, Zelão Pomela, João Bica e Peru.
Na bocha era um apaixonado pelo Nosso Clube. Defendia o clube com unhas e dentes. Era uma espécie de guardião da modalidade. Não media esforços para acompanhar o time.
Até hoje, não deixava de lembrar que uma das maiores emoções que sentiu – sem contar o nascimento das filhas – foi na conquista do tricampeonato de bocha de 1998 pelo time C do Nosso Clube. Jogou ao lado de Paulo Hiemanaca e venceu o rival Gran São João na final. “Foi a maior vitória da minha vida”, dizia.
Outra paixão de sua vida era a Banda Artur Giambelli, onde começou junto com Nelson Borges, Luiz Carlos Medeiros, Dinho, Roque e Evanil Barbosa.
Enfim, é estranho saber que não veremos mais o sorridente Gerson Tank pelas ruas de Limeira. Não será fácil voltar a cancha do Nosso Clube e não vê-lo mais apoiando o time. Não tem como ver o São Paulo jogar e não lembrar do seu fanatismo.
O que podemos fazer neste momento é agradecer a Deus por colocar em nossas vidas um cara tão gigante como ele durante 75 anos e desejar muita força aos seus familiares, pois não será fácil suprir a ausência de uma pessoa tão iluminada como foi ele.
Nosso muito OBRIGADO Gersão, por tudo o que fez por nossa cidade. Limeira jamais te esquecerá.