A maternidade e as questões profissionais são dois pontos que influenciam a saúde emocional das mulheres. Para a psicóloga Ivana Teles, do Sistema Hapvida, medidas simples podem garantir a saúde emocional delas, em tempos agitados, como os vividos atualmente.
“Cuidar da saúde não é fácil. No caso da mulher, há um desafio maior, pois inclui a saúde emocional. Existe uma carga, muitas vezes imposta à mulher, que precisa cuidar da casa dos filhos, da família, do emprego. E ela é cobrada para que dê conta de tudo isso”, relata Ivana.
“Há uma sobrecarga. O resultado aparece nos sinais de depressão e ansiedade”, afirma a psicóloga. Entretanto, em parte dos casos, esses sinais não são claros. Segundo a psicóloga, medidas adotadas tanto pela mulher como pelos familiares e amigos revertem esse cenário.
“Tomar consciência dessa situação é um ponto fundamental, para, a partir daí, começar um processo de colocação de limites e de divisões das atividades domésticas e das atividades vinculadas aos filhos”, relata. Deve haver uma definição clara de quem vai levar as crianças à escola, ao médico e ao esporte, entre outras decisões. O mesmo vale para as atividades domésticas. “É importante sair do ‘padrão de ajuda’. A mulher precisa dessa divisão de responsabilidades porque, afinal, são todos adultos dentro da mesma residência. Ela precisa de uma rede de apoio, formada por familiares e amigos.”
Uma das fases de desafios ocorre com a mãe puérpera, aquela que acaba de dar à luz o bebê. “Quando tem o filho, a mulher fica com muitos medos e inseguranças, se perguntando se vai ser uma boa mãe, se vai dar conta da casa e do emprego. A rede de apoio é fundamental também nesta fase.”
Momentos como esses pedem uma nova postura. “Deve-se criar uma rotina em que ela possa ter, de fato, os seus momentos de mulher, e não só de mãe. É fundamental colocar limites nas relações. Ela também precisa fazer algo que goste, como passear, ter o seu momento íntimo ou praticar uma atividade física”, fala Ivana.
Por fim, Ivana reforça que o suporte de um psicólogo é uma ferramenta interessante, caso a mãe sinta barreiras nessa rotina.