Uma operação conjunta entre a Secretaria da Segurança Pública e o Exército Brasileiro foi desencadeada para destruir cerca de três toneladas de munição que estavam armazenadas no Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo (IC). A ação aconteceu entre 25 de outubro e 28 de novembro.
Após tratativas do Grupo de Trabalho sobre Controle de Armas de Fogo e Munições, instituído pela SSP, a operação foi desenvolvida pela 2ª Região Militar, por meio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/2).
As munições, armazenadas no IC durante anos, não poderiam ser reutilizadas pelos órgãos de segurança pública por perda de qualidade do material e por conta dos protocolos de segurança estabelecidos pela própria Polícia Científica.
“Nós guardamos as munições para que quando houvesse solicitação de exames como, por exemplo, de comparação balística e eficácia em armamento, mas que viessem desacompanhados de munição, nós tivéssemos essas munições para teste”, explicou a perita criminal Eliane Baruch.
Por parte do IC, a ação foi desenvolvida pela perita. A profissional explicou ainda que o uso de uma dessas munições poderia causar acidentes e danificar as armas, pois há perda da estabilidade química. Por isso, não seria seguro utilizá-las, mesmo que para treinamento.
Do Exército, a operação foi coordenada pelo major Maurício Lima, da SFPC/2.
A operação, que contou com apoio da 2ª Companhia de Transporte e do 2º Batalhão de Polícia do Exército, proporcionou a destinação das munições que poderiam afetar as condições de trabalho dos peritos e liberou as instalações do IC.
A medida ainda estreitou os laços entre as instituições públicas do Estado. Fazem parte do Grupo de Trabalho, além do IC e do SFPC/2, o Tribunal de Justiça de São Paulo, as polícias Civil e Militar e o Instituto Sou da Paz.