Bruna França Sobral, de 38 anos, teve uma inflamação que gerou uma deformidade no bumbum após tomar uma injeção em um pronto-socorro em Santos (SP), no dia 7 de janeiro. Neste sábado (19), a mulher passou novamente por atendimento médico.
Após a consulta, uma profissional avaliou que Bruna corre risco de sepse, que é uma série de complicações causadas por uma infecção. A médica receitou mais uma semana de antibiótico.
Ela também foi encaminhada para um cirurgião que avaliará se ela precisa passar por uma cirurgia plástica ou não. “Está muito feio, e estou bem triste, porque ela disse que, fora a estética, tem riscos ainda”, disse Bruna em entrevista ao G1.
O neurocirurgião João Luís Cabral Júnior avaliou o caso de Bruna e afirmou que a nádega da paciente pode não voltar ao normal sem que o procedimento cirúrgico seja realizado. Segundo ele, a operação é indicada em caso de atrofia regional, que é uma retração do tecido infectado, ou de necrose muscular.
ENTENDA O CASO
A mulher, que trabalha como cuidadora de idosos, sentiu um pouco de falta de ar, com medo de ser Covid-19 foi até a Unidade de Pronto Atendimento Zona Noroeste no dia 7 de janeiro.
De acordo com Bruna, assim que a enfermeira aplicou a medicação, ela passou a sentir ardência no glúteo. “Antes de ela aplicar, eu perguntei ‘você não está aplicando muito abaixo?’, e ela me respondeu ‘você quer fazer?’. Então, fiquei quieta. O atendimento é desumano por parte de algumas pessoas ali”, afirma.
A cuidadora, retornou para casa e passou o dia seguinte com forte dor que aumentava ao longo do dia. O glúteo da mulher estava inchado e foi ficando cada vez mais vermelho. Bruna então voltou à UPA e lhe foi receitado uma benzetacil no outro glúteo.
“Não adiantou nada, e só foi piorando e criando pus. Fui a semana inteira na UPA, e em nenhum momento nenhum médico pediu exame de sangue”, afirma.
Depois de não suportar as dores e febre, Bruna procurou atendimento particular, onde foi solicitado um exame de sangue e ela foi internada. “A médica do hospital particular disse que eu estava com uma infecção grave, e também precisaria tomar remédio intravenoso. Eu consegui ficar alguns dias no hospital, mas não teria dinheiro para pagar mais dias, então, fui liberada para terminar o tratamento em casa”, conta.
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