Cobrada por moradores por meio de requisições na Câmara e diretamente à Prefeitura, a praça do Residencial Interlagos, em Limeira, não deve sair do papel. O Executivo alega que se trata de uma área institucional, prevista para receber equipamentos como posto de saúde ou escola. A reivindicação dos moradores é antiga, e o local conta com outros problemas, como mato alto, iluminação precária e bocas de leão sem grades.
A viabilidade da praça foi questionada pelo vereador Everton Ferreira no início de agosto de 2021. No mesmo mês, a prefeitura respondeu que não havia dotação orçamentária para a construção, e que o pedido seria inserido na programação para futuros estudos.
No final de outubro, o vereador voltou a questionar sobre a possibilidade da estruturação da praça. A prefeitura respondeu no final de novembro informando que “após consulta à Secretaria de Urbanismo, ratificamos que a referida área em questão trata-se de área institucional, que tem como destinação a edificação de equipamentos comunitários, como escolas, UBS, entre outros, não sendo possível a implantação de uma área de lazer nesse espaço público”.
A reportagem do Rápido no Ar esteve no local ouvindo as cobranças dos moradores, que afirmam que a reivindicação acontece há pelo menos cinco anos e que preparam um abaixo-assinado para reforçar a cobrança. Nesse meio tempo, a região se expandiu e recebeu outros condomínios, além de um ambulatório de saúde e uma escola próximos. Confira a entrevista:
A prefeitura foi questionada pela redação sobre a viabilidade da praça enquanto não há nenhum outro projeto para o local, além das providências em relação à manutenção. O Executivo enviou a seguinte nota: “Em relação à área, a Secretaria de Urbanismo informa que a resposta fornecida ao vereador é no sentido conceitual do que uma área institucional pode absorver de equipamento público. Neste momento, não há projeto desenvolvido para o local. Em relação às demais reclamações, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos irá programar o corte do mato e limpeza do local público, bem como a manutenção com recolocação de grades nas bocas de leão que, segundo a pasta, foram furtadas. A pasta solicita que a população ajude a denunciar esse tipo de prática junto à Guarda Civil Municipal ou à Polícia Militar”.