Nunca foi tão necessário mudar, e de modo tão rápido. A era digital vem causando grandes transformações no mercado do trabalho e redefinindo os padrões de liderança, gestão de pessoas, até mesmo o conceito do termo “Trabalho”. E agora? Seu RH está pronto para isso?
A globalização tem um papel importante nas relações de trabalho contemporâneas, é possível observar que as novas gerações não possuem valores antigos como vínculo a longo prazo ou estabilidade profissional. As relações são marcadas pelo conhecimento, ou seja, esta geração está preocupada com o autoaperfeiçoamento e o aprendizado constante. Suas motivações estão mais voltadas a desafios, conhecimento e desenvolvimento profissional.
Visto que essa geração está transformando o mercado de trabalho, empresários e gestores não podem mais operar de acordo com antigos padrões. Muito se fala sobre o papel estratégico dos líderes e sobre a importância da tecnologia na transformação de conceitos e ações eficazes para as futuras organizações.
Para a Sócia-Diretora do Instituto de Ensino Contábil e professora do Instituto de Educação em RH Regiane Mendonça, a equipe de gestão precisa se preparar para as mudanças. “Uma tendência para o futuro é que as empresas acabem mesclando os profissionais de gestão, isso deve acontecer porque os jovens possuem o conhecimento das tecnologias e habilidades acadêmicas maior do que a geração X (pessoas que nasceram nos anos 60 e 70), em contrapartida, eles não possuem experiência nem vivência no mercado. Por este motivo as empresas devem montar estratégias que unam as duas gerações”, comenta Regiane.
Segundo estudo global da Deloitte Global Human Capital Trends: Rewriting the rules for the digital age, no futuro as empresas substituirão as hierarquias estruturadas por equipes mais eficiente e prontas para competir no mercado. Para a porta-voz e diretora da área de consultoria em capital humano da Deloitte, Kelly Ribeiro, as tecnologias estão sendo utilizadas em todo processo de gestão, atualmente já é possível utilizar programas para mensurar de forma flexível os indicadores e montar estratégias voltadas para o perfil de cada equipe, aumentando assim a performance dos times, além da qualidade e satisfação dos clientes. Essa tendência tende a aumentar ainda mais nos próximos anos.
Outra aposta para o futuro é a descentralização das relações de trabalho, ou seja, equipes que atuarão fora do escritório ou das filiais da empresa. Para Regiane, além dos modelos de trabalho remoto, a terceirização também será uma saída para as empresas que buscam mão de obra especializada. “Terceirização não quer dizer redução de salário, ou isenção dos direitos do trabalhador. Ela apenas reduz alguns encargos para a empresa. A tendência é que no futuro esse tipo de trabalho seja ainda mais procurado por empresas, contribuindo assim para a valorização dos profissionais terceirizados”, comenta.
Regiane ressalta ainda que essas mudanças estão acontecendo devido a criação de ferramentas de Business Intelligence e softwares de gestão de pessoas, que oferecem para as organizações formas de administrar equipes dentro e fora dos escritórios. Esse é o caso de empresas como PontoTel , que criou um sistema de controle de ponto eletrônico onde o colaborador consegue registrar sua jornada de trabalho por meio do celular tablet ou computador. “Sistemas como esse possibilitam organizações a analisar a rotatividade e absenteísmo e traçar estratégias motivacionais até mesmo para aqueles que trabalham externo ou Home Office” diz