Dados do Departamento de Estado americano, levantados pela revista Veja, mostraram um aumento de 400% na emissão de vistos da categoria EB para brasileiros. Ao que tudo indica, o Brasil vem passando por um movimento chamado de “fuga de cérebros”. Em 2010, 50 profissionais do Brasil receberam títulos EB1 ou EB2. Já em 2020, o número pulou para 281.
A “fuga de cérebros” acontece quando o país não consegue reter estudantes e profissionais contratados em seu território e esses talentos procuram lugares que ofereçam melhor qualidade de vida Segundo o Itamaraty, 4,2 milhões de brasileiros já estão morando fora do país e esse número pode ficar cada vez maior devido à crise econômica.
Os vistos EB são dedicados para profissionais que apresentam habilidades “extraordinárias”, ou “excepcionais” nos campos da ciência, negócios, educação e artes: “O grande número de aquisição representa um nível notável de talento presente no Brasil”, informou a Embaixada dos EUA no Brasil à revista.
“A possibilidade de trabalhar legalmente nos EUA sem requisito de vínculo empregatício, familiar, ou de investimento, faz com que profissionais de alto escalão no Brasil vislumbrem no pleito imigratório a possibilidade de realizar o sonho americano do candidato e de seus familiares – cônjuge, e filhos ou filhas solteiros com até 21 anos”, é o que conclui Renata Castro, advogada de imigração e fundadora do Castro Legal Group.
O visto EB-1 é dividido em três subcategorias com dez critérios:
EB-1A – Voltado para profissionais da ciência, artes, educação, negócios e atletismo Pessoas que ganharam prêmios como Grammy, Oscar, Nobel ou medalhas olímpicas, podem aplicar diretamente Já quem não se enquadra nesse requisito, deve cumprir com pelo menos três de dez critérios:
1. ter prêmio de reconhecimento nacional ou internacional;
2. ter material publicado em mídia de grande circulação;
3. ter artigos científicos em revistas profissionais;
4. ser membro de associação que requer grande prestígio;
5. ter um salário acima da média;
6. ter participado de um show case artístico;
7. ter sucesso comercial nas artes;
8. ter atuação de grande importância em empresa / organização de grande reconhecimento no ramo;
9. ter participado como juiz para avaliação de trabalhos no ramo;
10. ter contribuição acadêmica ou artística de prestígio.
EB-1B – Para professores universitários e pesquisadores com pelo menos três anos de experiência em pesquisa ou ensino. É necessário apresentar oferta de trabalho equiparável à posição que tinha no exterior.
EB-1C – Para profissionais que atuam na gestão ou como executivos de grande escalão em empresas multinacionais que têm um posto nos Estados Unidos. É necessário possuir oferta de emprego no país, no mesmo ramo de atuação.
Já o visto EB-2 NIW (National Interest Waiver) está disponível para quem tem experiência excepcional em sua área de atuação Nível superior não é necessário, no entanto, pode contar como um dos sete critérios para qualificação. É preciso comprovar experiência acima do normal na área de atuação e mostrar que o trabalho será de interesse nacional dos Estados Unidos Não há uma profissão específica requisitada.
Renata e sua equipe já representaram vários brasileiros de sucesso, como Jeimes Teixeira, celebrado produtor musical que durante anos, trabalhou com nomes como Wesley Safadão; Helton Silva, ex-presidente da Associação Brasileira de Wrestling e técnico de competidores de MMA e UFC; Adriano Martins Soares, lutador de MMA, entre outros.
“Ser famoso não é requisito para receber um green card por habilidades excepcionais ou extraordinárias”, elabora Castro, que atualmente oferece em seu escritório triagem gratuita para aqueles que buscam determinar se podem ou não viver o sonho americano por meio de um green card por experiência profissional.