Após a venda de sua fábrica em Iracemápolis (SP), a Mercedes-Benz agora deu início às obras do Centro de Testes Veiculares (CTVI), em parceria com a alemã Bosch. O Centro ficará no Campo de Provas da Mercedes-Benz do Brasil e abrigará pistas para avaliações de segurança veicular, eficiência energética e tecnologias de assistência ao motorista.
O investimento no CTVI é de um total de R$ 94 milhões no CTVI e a Mercedes-Benz planeja oferecer a locação para outras fabricantes e empresas de autopeças. Segundo a montadora, as obras começaram em agosto e o Centro deve ficar pronto no primeiro semestre de 2022.
Em comunicado à imprensa, Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, disse que ao disponibilizar a nova estrutura para outras empresas do setor automotivo, a empresa contribuirá para o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira. “Com o importante diferencial de que toda a estrutura estará concentrada em um único local, otimizando processos e assegurando ganhos de eficiência, agilidade e produtividade, com segurança e confiabilidade”, disse.
A confirmação de que a pista de testes permaneceria na cidade veio junto à notícia da venda de sua fábrica para a Great Wall Motors. A Mercedes pretende equiparar a estrutura de testes no Brasil às que já existem em países como Estados Unidos e Japão. Assim, os testes para controle de chassi, como o programa eletrônico de estabilidade e frenagem automática, poderão ser realizados no Brasil.
Atualmente, o Campo de Provas da Mercedes em Iracemápolis tem 17 pistas: 14 para verificação de durabilidade estrutural, uma de acústica, uma de terra e um circuito em asfalto para avaliação de conforto térmico. O CTVI terá mais cinco, totalizando 22, incluindo uma pista oval de 2,6 km e outra mista de 1,6 km para testes de dirigibilidade.
O espaço terá ainda boxes e escritórios individualizados para protótipos de veículos em desenvolvimento. “O CTVI nasce com um forte propósito de oferecer sua moderna e completa infraestrutura a todas as empresas do setor automotivo”, disse o gestor da construção e operação do CTVI, Andreas Hueller. “A busca pelo Centro de Testes tem se intensificado e já mantemos conversas com diversos interessados”, confirmou.