A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a utilizar a Coronavac no lugar de placebos nos testes clínicos da Butanvac, a vacina brasileira contra a covid-19 em desenvolvimento pela entidade paulista. De acordo com a Anvisa, o Butantan solicitou a alteração no estudo clínico alegando dificuldades na mobilização de voluntários para estudos com placebo.
Na prática, o grupo que receberia a substância sem efeito farmacológico receberá uma “vacina de comparação” – no caso, a Coronavac, fruto de parceria do Butantan com o laboratório chinês Sinovac.
A Butanvac é candidata a ser a primeira vacina nacional contra o novo coronavírus e, de acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também protegerá contra o H1N1. A ideia do governo paulista é utilizar o imunizante já em 2022, quando pretende revacinar a população contra a covid-19.
Os testes da Butanvac devem envolver seis mil voluntários com 18 anos ou mais e ter duração de 17 semanas.