Uma família se chocou ao alugar casa em Ubatuba e encontrar ossos da antiga proprietária que havia desaparecido há 7 anos no quintal.
O casal conta em entrevistas que se mudou para o local em 2018, mas precisaram fazer uma reforma recentemente e acabaram reabrindo o caso da idosa, ocorrido em 2013.
“A princípio, a gente não queria mexer no jardim porque a casa não é nossa, e as plantas até eram bonitas. Mas decidimos fazer isso porque nosso cachorrinho ficava rolando na terra do jardim e entrava em casa cheirando muito mal. Além disso, a gente ficava incomodado porque ali reunia bastante caramujo”, diz a mulher a BBC.
Os ossos foram encontrados no canto do quintal da casa, onde pai e filho decidiram cavar para preparar o solo e encontraram um tecido enterrado no local, próximos a lírios da paz e tijolos.
Ambos souberam que poderia se tratar da antiga proprietária da casa, já que o caso havia sido encerrado no início de 2020 por falta de provas. A polícia foi chamada. Uma representante da imobiliária foi ao local e comunicou parentes de Luzia do fato.
O responsável pela casa é um irmão da mulher desaparecida. Ele assumiu o imóvel, que ficou abandonado após o sumiço de Luzia.
O aluguel da propriedade estava a cargo de uma imobiliária, e, antes de Fátima e Roberto, outra família já tinha vivido ali.
O CASO
Aposentada, solteira e sem filhos, Luzia morava sozinha com seus animais. Os vizinhos relatam que ela era simpática e muito querida. Com seu desaparecimento, pessoas da região estranharam e denunciaram à polícia.
O caso foi reaberto pelo Ministério Público após constatarem que o corpo era mesmo da idosa.
A perícia na ossada não apontou indícios de que Luzia tenha sido assassinada a tiros ou facadas. A suspeita é de que tenha sido estrangulada e, depois, enterrada no jardim. No entanto, a esqueletização impediu que indícios mais claros fossem encontrados.
Até o momento, a Polícia não sabe dizer se o crime foi praticado por uma ou mais pessoas, mas estima-se que a investigação seja encerrada em um mês.