O Vice-Governador Rodrigo Garcia e o Secretário da Educação, Rossieli Soares, entregaram nesta quarta-feira (14) 1,7 mil absorventes do programa Dignidade Íntima para a Escola Estadual Dom Miguel Kruse, na zona leste da Capital. No total, o Governo do Estado vai investir mais de R$ 30 milhões na compra de produtos de higiene menstrual para beneficiar cerca de 1,3 milhão de estudantes entre 10 e 18 anos.
“É fundamental termos humildade para sabermos que a vida sempre nos ensina, principalmente em um momento como este que estamos vivendo. A pandemia mudou nossas vidas e a esperança renasce com a vacina, mas a incerteza é muito grande em relação ao futuro. Podemos fazer coisas que há muito tempo deveriam ter sido feitas. O programa Dignidade Íntima nos mostra isso de maneira muito clara”, disse Garcia.
A compra dos produtos será feita via Programa Dinheiro Direto na Escola. Os recursos serão repassados conforme valor per capita, exclusivo para a finalidade do Dignidade Íntima, sendo que o valor mínimo é de R$ 5 por estudante elegível. Porém, os absorventes distribuídos nesta quarta-feira não geraram custo ao estado, pois fazem parte de uma doação de 2 milhões de produtos da empresa P&G para a Secretaria da Educação.
“Além da doação, isso é uma política pública. Como política pública nós lançamos o recurso exclusivo para as escolas poderem comprar absorventes. O benefício no valor de R$ 30 mil foi depositado na conta de todas as escolas na noite de ontem (terça) para a compra de absorventes. Nenhuma menina deixará de ir à escola por falta de absorvente”, afirmou Rossieli.
Outras 51 escolas – das 89 escolas estaduais regulares da Diretoria de Ensino Leste 1 – também receberão 56,3 mil absorventes, sendo que as outras 38 já receberam a doação. No total, só para a Diretoria de Ensino Leste 1, foram destinados 107,9 mil absorventes doados pela P&G.
O objetivo do Dignidade Íntima é beneficiar principalmente estudantes em situação de vulnerabilidade econômica e social. Os protocolos de distribuição dos itens possuem como principal diretriz garantir privacidade e cuidado, criando múltiplos canais de atendimento para as alunas que precisam.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 1 entre 10 meninas no mundo sofrem com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar. No Brasil, estima-se que esse número seja 1 em 4. Em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e à saúde pública.