Com a escassez de semicondutores vieram os reajustes de preços, que vão de 5% a 250%, dependendo do item, informa Ricardo Helmlinger, diretor da Standard America, fabricante de placas eletrônicas em Campinas (SP). O frete do transporte aéreo, sempre usado pela empresa, também está mais caro.
Além disso, diz ele, o prazo de entrega de componentes, antes de um a dois meses, passou para cinco a seis meses. “Materiais que deveríamos ter recebido antes do Natal chegaram em fevereiro, isso porque antecipamos a compra, pois hoje os prazos estão ainda mais longos.” Helmlinger importa praticamente tudo para a montagem das placas que são usadas, no caso do setor automotivo, em equipamentos como ar condicionado e limpador de para-brisa.
Encomendas de peças feitas agora para a produção a partir de junho estão previstas para serem entregues somente em agosto ou setembro.
“Esse vai ser um ano bastante complicado”, lamenta. A única solução, diz ele, é a expansão da capacidade produtiva das fabricantes de componentes, mas isso leva tempo.