Um grupo de moradores do Jardim dos Jequitibás realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (26) em frente a Engep Engenharia e Pavimentação, em Limeira (SP). Eles reclamam sobre aos altos juros cobrados pela empresa Rolamar Construções e Empreendimento, que faz parte do Grupo Engep, e seria a responsável pela venda de lotes.
Segundo um dos representantes dos moradores, uma terceira empresa, contratada pela Rolamar, intermediava a venda dos lotes do Jardim Jequitibás aos interessados. Ainda de acordo com os protestantes, ao comprarem os lotes, os vendedores teriam afirmado que os juros seriam aplicados com base no Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) e que não passaria de R$ 30 ao ano, porém, já nos primeiros 12 meses, os juros ultrapassaram o valor prometido.
Os moradores relatam que com o aumento dos juros, as parcelas ficaram “impagáveis” e que em alguns casos eles tiveram que enfrentar ordem de despejo. Para alguns, as parcelas mensais teriam iniciado em R$ 900 no primeiro ano de contrato em 2019, porém, hoje estariam chegando próximo aos R$ 2 mil,
Outra reclamação é com relação ao bloqueio das contas de quem deixou de pagar ou atrasou os pagamentos das parcelas. Uma decisão judicial teria bloqueado o auxílio emergencial de alguns devedores.
O Rápido no Ar entrou em contato com o Grupo Engep, que emitiu uma nota na qual afirmou ter se reunido com uma comissão de moradores para entender o caso.
A empresa também ressaltou que os contratos dos loteamentos possuem cláusula prevendo a correção inflacionária das parcelas conforme o mercado e a legislação.
Após uma reunião com advogados da empresa, um representante dos moradores ele teria se comprometido a entrar em contato dentro de uma semana, após se reunir com a diretoria da empresa.
Leia a nota na integra:
“Na manhã desta sexta-feira (26), representantes do Grupo Engep atenderam uma comissão de moradores do Jardim dos Jequitibás para entendimento dos pleitos dos mesmos.
O Grupo Engep deixa claro que, independentemente do movimento, a empresa sempre esteve aberta ao diálogo com todos os moradores para que cada caso seja avaliado individualmente e que todos que procuram a empresa sempre foram e serão atendidos regularmente de forma individual pelos profissionais da empresa.
Cabe salientar que alguns moradores ingressaram na Justiça alegando abusividade em seus contratos e que em todos esses processos, a Justiça manifestou-se no sentido da não existência de qualquer abusividade alegada.
Os contratos dos loteamentos da empresa possuem cláusula prevendo a correção inflacionária das parcelas conforme o mercado e a legislação. Importante esclarecer que, antes mesmo do pleito dos moradores do Jardim dos Jequitibás, o Grupo Engep tomou a decisão de não aplicar os índices inflacionários relativos ao ano de 2020 por entender o momento ao qual o país passa, em função da pandemia de Covid-19.”