No último mês, as pancadas de chuva nos finais de tarde se tornaram rotineiras em Limeira (SP). Apesar disso, o índice pluviométrico, ou seja, a quantidade de chuvas registradas oficialmente na cidade, de acordo com o professor de Hidrologia da Unicamp, Hiroshi Yoshizane, ficou abaixo esperado e aponta para uma possibilidade de crise hídrica na região.
Quando comparado ao mesmo mês no ano passado, janeiro de 2021 não teve metade das chuvas que eram esperadas. O déficit, segundo o professor, foi de 43%. Hiroshi afirma que a situação é alarmante e uma das responsáveis pela onda de calor que todos passam no momento.
“Num contexto de chuvas ideais, que são acima de 10 mm, foram apenas 5 dias. As formações de chuvas estão voltadas do lado sudeste para noroeste, mas as chuvas estão vindo da direção leste e sul. Isso aconteceu em 2014 e chamamos de crise hídrica”, alerta o professor.
Ainda de acordo com Hiroshi, a média de chuvas em janeiro foi de 255mm, o que leva a crer que a região possa viver um período de estiagem. Porém, segundo o professor, por fatores relacionados ao comportamento das chuvas, ainda há chances de que a situação se regularize ao longo dos próximos meses de 2021.
CLIMA
Ao longo do mês de janeiro as temperaturas médias ficaram entre 21,1°C e 31,6°C. A maior temperatura foi registrada na tarde do último dia 30, quando os termômetros da estação que coleta os dados na FT (Faculdade de Tecnologia) registraram 35°C. A menor temperatura ao longo do mês foi de 18,6°C na madrugada do dia 4.
Fevereiro também já começou quente. Na tarde da última quarta-feira (3) a maior temperatura dos primeiros dias do mês foi de 34°C. Outros pontos da cidade podem atingir temperaturas ainda mais altas, de acordo com a condição climática do local e a sensação térmica pode chegar aos 39°C, segundo o site Climatempo.