“Não vou renunciar ao cargo de presidente do Independente por pressão”.
Essa frase foi dita por Robson Sillmann em contato telefônico feito por mim hoje.
O mandatário do Galo sofre uma enorme pressão para deixar o cargo, ao qual foi reeleito recentemente.
Sillmann afirmou que pretende conversar com o empresário Betinho, do Sindicato dos Papeleiros, na próxima semana. Ele concorreu a vice na chapa de André Massaro.
“Se ele me apresentar um projeto melhor do que o nosso, deixo ele conversar com meu vice e com os meus diretores. Aí nesse caso, ele pode tocar o Galo em diante”, afirmou.
Sillamann vem enfrentando enormes problemas com a oposição, mas tenta manter a calma.
“Podem fazer o que quiser comigo, pois sou calejado e já lidei com situações piores. Só não atinja ninguém da minha família ou do meu grupo. Estar presidente você está exposto a passar por qualquer situação, inclusive essa de ameaça, ou algo parecido. Mas estou tranquilo. Disseram até que fariam um protesto na porta da minha casa”, frisou.
Sobre a desclassificação para o Osvaldo Cruz no mata-mata das oitavas de final da Segundona, Sillmann disse que os jogadores galistas entraram em campo apreensivos com o que poderiam encontrar após o jogo, do lado de fora do Pradão.
“Essa pressão que eu passo quase que diariamente refletiu nos meninos. O elenco é muito jovem. Senti que eles entraram em campo com medo de uma possível eliminação para o Osvaldo Cruz e que pudessem sofrer algo de pior após o jogo. Alguns até me questionaram antes da partida se apanhariam se perdessem. Tratei de tranquilizá-los, mas não foi suficiente”, afirmou.
“Infelizmente, nosso elenco não teve a tranquilidade necessária para buscar a classificação. E olha que tínhamos muita chance. Lamento muito, pois nosso elenco era bom e competitivo. E a casa estava em ordem. Talvez se essa pressão fora de campo não existisse, hoje estaríamos comemorando a classificação”, confidenciou.
Sobre a atual parceria, Robson Sillmann afirmou que terá uma conversa com os gestores no começo da semana.
“Os próximos dias serão decisivos em todos os aspectos. Meu nome está na Federação Paulista de Futebol e até o dia 10, resolveremos os problemas com a ata. Temos tempo para alinhar tudo”, completou.