Manter uma vida ativa e feliz é uma busca diária, mas para que isso aconteça, o humano precisa de saúde. Essa saúde, tão importante, é resultado de uma boa alimentação, exercícios e, quando indicado pelo médico, pela ação de medicamentos. Para doenças temporárias, como uma gripe ou um resfriado, basta tomar alguns medicamentos para amenizar os sintomas e, dentro de alguns dias, tudo está resolvido.
Já para doenças que perduram por muito tempo, as chamadas doenças crônicas, os medicamentos são necessários para controle dessas doenças, oferecendo maior qualidade de vida. Pessoas de todas as idades podem ter doenças crônicas, dentre as quais hipertensão arterial (ou pressão alta, é uma doença onde a pressão exercida pelo sangue arterial nas paredes dos vasos sanguíneos é muito elevada), diabetes (há deficiência na produção de insulina ou a mesma não é aproveitada pelo organismo), doenças respiratórias, incluindo a asma (que podem ocorrer em crises, por meses, ou ininterruptamente), colesterol alto (que é ingerido ou produzido no corpo, não causa sintomas, mas pode levar a complicações e exige controle), epilepsia (ocorrem crises com descargas elétricas no cérebro, que podem levar a movimentos involuntários, vômitos e outros sintomas, sendo possível viver normalmente, mas com tratamento), e muitas outras.
Essas doenças crônicas não possuem uma cura médica, e o tratamento com medicamentos é a melhor forma de mantê-las sob controle e amenizar os sintomas. Isso faz com que o medicamento não seja uma escolha, mas um item essencial no orçamento mensal.
ITEM ESSENCIAL, MAS SALGADO
Muitas pessoas dependem de medicamentos de uso contínuo (um ou mais deles), todos os meses. Alguns são importados (de diferentes países-sede dos laboratórios, como da Alemanha, por exemplo) e/ou acabam custando alto, principalmente se comparado à renda de grande parte da população brasileira. Um broncodilatador para pessoas asmáticas, ou com dificuldade de respirar em crises cíclicas, pode custar mais de cem reais, em uma caixa de refil com sessenta comprimidos. Usando duas cápsulas por dia com inalador, esse medicamento termina no prazo de um mês, permitindo respirar melhor apenas nesse período até a próxima compra.
Esse e outros medicamentos de “preço-salgado”, além de consultas e exames (para quem não espera nas filas de encaminhamentos das secretarias de saúde) acabam comprometendo boa parte da renda de pessoas que ganham pouco. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do ano de 2018, 60 % (sessenta por cento) dos trabalhadores brasileiros com carteira assinada ou informais (cinquenta e quatro milhões de pessoas) não chegavam a ganhar um salário mínimo (que era de R$ 954,00 e hoje corresponde a R$ 1.045,00). Ainda de acordo com o IBGE, em 2019 havia mais de trinta milhões de aposentados, e desses, 70 % (setenta por cento) ganham apenas um salário mínimo (isto é, vinte e um milhões de pessoas).
Com renda pequena, medicamentos com custo elevado (proporcionalmente) e a necessidade de manter a compra para manter a saúde, como comprometer menos o orçamento mensal e manter a compra dos medicamentos? A resposta pode estar nos programas de desconto dos laboratórios. A seguir, mais informações de como funcionam esses programas e como as pessoas podem participar e usufruir dos benefícios.
OS PROGRAMAS DE DESCONTO DOS LABORATÓRIOS
Relembrando aquele exemplo do broncodilatador: normalmente, ele custaria mais de cem reais. Com o programa de descontos de um laboratório, esse mesmo medicamento pode ser comprado por setenta reais. Fazendo uma conta simples, esse desconto foi na casa dos 30 % (trinta por cento), o que é um ótimo desconto. A ideia desses programas é similar à de um atacado: compras maiores podem ser recompensadas com preços menores.
A diferença é que, como se trata de medicamentos e não de outros produtos diversos, existe a necessidade da abordagem como parte de um tratamento completo: todos os programas falam em aspectos de saúde como exercícios físicos, alimentação, rotinas de tratamento, dentre outros conteúdos educativos nessa esfera, em seus websites. O primeiro passo, sempre, é a consulta a um médico, que irá prescrever o remédio a ser utilizado e por quanto tempo (medicamentos de hipertensão, por exemplo, são usados por meses, mas pode haver a necessidade de troca de acordo com o quadro futuro de pressão arterial). Conhecendo esse remédio, é recomendado verificar qual laboratório que o fabrica e, assim, fazer o cadastro
Cadastros e programas
Cada laboratório possui um site próprio para que se faça o cadastro gratuito. São pedidas informações simples como nome, CPF (cadastro de pessoa física), número de telefone (fixo e/ou celular) e nome do medicamento. Também é solicitado o registro do médico, chamado CRM (número no Conselho Regional de Medicina). Além dos sites, há outras formas de cadastro disponibilizadas pelos laboratórios, como telefones (ligação gratuita, formato “0800”) e aplicativos de celular
Em algumas farmácias, com conhecimento dos programas e funcionários bem treinados, os cadastros são pedidos ou oferecidos aos clientes, como forma de fechar as vendas. Observados os diferentes programas de desconto, há diferentes funcionalidades e vantagens oferecidas aos consumidores. Em um deles, o consumidor pode se cadastrar para o recebimento de materiais educativos via e-mail sobre o controle de sua doença e contar com uma ferramenta digital que ajuda a lembrar do horário em que se deve tomar o remédio.
Em outro, cujos medicamentos são destinados ao controle da obesidade e diabetes, são oferecidas informações no próprio portal do programa sobre essas doenças, incluindo uma seção de mitos e verdades. Sobre diabetes, por exemplo, o laboratório esclarece que os sintomas de diabetes não são tão claros, comer grande quantidade de açúcares não é, necessariamente, a causa do diabetes (mas é preciso atentar a outros problemas de saúde e equilibrar o consumo) e que não é uma doença transmissível. Esse laboratório também explica que obesidade é um fator de risco, mas não o único para desenvolver diabetes tipo 2. Além do já citado diabetes, há risco maior em obesos de desenvolver doenças cardiovasculares, asma e até câncer.
Medicamentos participantes e informações
Os medicamentos que fazem parte dos programas devem ser consultados periodicamente nos sites oficiais. É ressaltado nos regulamentos que a listagem de medicamentos, acréscimos e supressões, pode mudar ao longo do tempo. Existe um único laboratório que não disponibiliza a listagem em seu site e, para conhecer os medicamentos que são contemplados pelo programa, é necessário fazer o cadastro gratuito e instalar um aplicativo para celular, disponível no Google Play e App Store. É possível comprar alguns dos medicamentos das farmacêuticas em e-commerces, mas nem todos são vendidos dessa forma por serem controlados e exigirem retenção de receita.
De forma física, há vários pontos de venda em todo o país. Credenciados a um laboratório, há quarenta mil pontos de venda onde se pode comprar com desconto, em todo o Brasil. Também é importante conhecer as informações sobre os medicamentos consumidos continuamente. Várias dessas informações são passadas pelo médico que prescreveu o medicamento, e outras estão presentes na bula. Uma curiosidade está na forma com que essas bulas são apresentadas por um dos programas de desconto, em seu site oficial. Todo o mundo já teve alguma dificuldade em ler as bulas, com todos aqueles termos técnicos médicos, difíceis para quem não estudou a respeito.
Para isso, esse programa oferece dois tipos de bulas, uma que é simplificada (a bula do paciente) e outra completa (a bula do profissional de saúde). Tomando como exemplo o Jardiance®, um medicamento importado da Alemanha, são cinco páginas na versão paciente e trinta e duas na versão profissional (que inclui até detalhes dos estudos clínicos feitos com o medicamento).
Parcerias com programas de saúde e bem-estar
Conforme apresentado até então, esses programas trabalham com descontos em medicamentos e informações que envolvam hábitos de saúde e bem-estar. Além disso, existe outra vantagem apresentada por um desses programas, cujos descontos oferecidos vão além daqueles para a compra de medicamentos. Um laboratório, com atuação no Brasil, fez parcerias com diferentes empresas cujos produtos estão relacionados à saúde e bem-estar. Para ganhar os benefícios dos parceiros, é preciso ser cadastrado, mas não é associado o desconto à compra do medicamento: se o paciente compra uma ou duas caixas mensalmente, por exemplo, seu desconto não será proporcional ao valor adquirido em remédios
Essa é uma condição importante porque a compra de medicamentos não pode ser associada a quantidades além das prescritas pelo médico, visto que precisa ocorrer de forma responsável. Se o cadastrado não quiser comprar em algum desses parceiros, também não existe a obrigação, podendo adquirir apenas o medicamento.
Por exemplo no programa ‘Bayer para você’, onde, atualmente, podem ser comprados com desconto os medicamentos das linhas Nebido®, Xarelto®e Yaz®, oferece para os cadastrados, outras vantagens, como:
-descontos em compra venda de comida saudável congelada;
-produtos para recuperação em fisioterapia (cadeira de rodas, muleta, bota ortopédica, cintas e coletes, dentre outros produtos), com voucher de desconto;
-aplicativo criado com o conceito de compartilhar bicicletas em grandes cidades, pensando em um modo de locomoção mais sustentável e saudável;
-com desconto na assinatura mensal, desconto no plano semestral e anual de uma editora que possui diversas publicações de nichos como notícias, carros, moda e estilo femininos, moda e estilo masculinos, saúde, economia… para estimular a leitura, memória e aprendizado.
Além desses parceiros, há descontos em um aplicativo de meditação, um programa de salão de beleza (unhas, cabelos, depilação, massagem), descontos em cursos on-line e em um e-commerce de produtos para barba e cuidado pessoal masculino. Também podem ser obtidos descontos em um site que promove passeios de balão, viagens e outras experiências especiais, aplicativos de atividades físicas e em um clube de assinatura de livros.
É possível comprar em qualquer farmácia?
De forma simples e direta: não. Os laboratórios, assim como disponibilizam sites e telefones para cadastro dos pacientes que irão ser beneficiados com os descontos, também realizam cadastros para farmácias ou redes que desejem vender com o desconto de laboratório. As farmácias interessadas ganham competitividade nas vendas e devem atender a alguns requisitos de segurança e integração de sistemas de vendas. Os custos com essa integração ficam a cargo dos estabelecimentos Há um grande número de farmácias que fazem parte desses programas. Alguns sites dos programas de desconto permitem, inclusive, pesquisar qual a farmácia mais próxima e que faz parte (a pesquisa pode ser feita por CEP ou ativando a localização do computador ou celular).
OUTRAS FORMAS DE DESCONTO
Todas as pessoas e, principalmente aquelas que possuem baixa renda, precisam fazer cada centavo valer a pena. Por isso, mesmo com a disponibilização dos descontos dos laboratórios, é bom pesquisar preços entre uma ou mais farmácias que ofereçam esses descontos ou não, entretanto, o desconto do laboratório pode ser muito maior. Voltando àquele exemplo do broncodilatador para pessoas asmáticas.
O preço de tabela nas farmácias ficava acima de R$ 100,00 (cem reais), mas em uma que oferece o desconto do laboratório, pode ser comprado por R$ 70,00 (setenta reais). Indo em outra farmácia, que oferece desconto próprio, mas não o do laboratório, esse mesmo broncodilatador pode ser comprado por R$ 90,00 (noventa reais). É possível que uma farmácia ofereça outros descontos além daquele que o laboratório concede, mas isso depende de estabelecimento para estabelecimento. Se uma farmácia conhecida é cadastrada no programa de descontos do laboratório, o paciente pode conseguir outros descontos por programas de pontos da farmácia, do cartão de crédito, dentre outras opções, mas, como observado pelo exemplo, o desconto do laboratório é o maior desses descontos
ECONOMIA E SAÚDE
Esses programas oferecem descontos para alguns medicamentos de uso contínuo, para tratamento de doenças crônicas. Os programas de desconto são uma ótima opção para reduzir os gastos com medicamentos para todas as pessoas, mas principalmente para aquelas que possuem baixa renda, como um grande número de trabalhadores assalariados e aposentados brasileiros. O melhor de tudo é que a adesão aos programas é gratuita, bastando fazer o cadastro nos sites, aplicativos ou telefones disponibilizados pelos laboratórios. Além dos descontos em medicamentos, os programas oferecem vantagens adicionais. Essas vantagens podem incluir lembretes de remédio, informações de saúde e até desconto em compras e serviços de saúde e bem-estar. Nem todas as farmácias oferecem os descontos para os medicamentos. Por isso, um passo importante é conhecer quais medicamentos têm desconto e quais as farmácias cadastradas, usando o site dos laboratórios.