O ator português Bruno Candé Marques, de 39 anos, morreu assassinado em Moscavide, em Loures, nos arredores de Lisboa no último sábado (25).
De acordo com as informações de jornais locais, ele havia saído para passear com seu cachorro e estava se sentando em um banco quando um idoso atirou quatro vezes contra ele.
Nesta segunda-feira (27), o Tribunal Judicial de Lisboa decretou prisão preventiva do suspeito do assassinato do ator. O idoso não teve a identidade revelada.
Segundo a imprensa portuguesa, o mesmo homem já havia ameaçado Bruno de morte, utilizando ataques extremamente racistas e chegou até mesmo a agredir o animal de estimação do ator.
Pessoas que estavam presentes no momento do assassinato, apesar de todas as tentativas do idoso de fugir da cena do crime, impediram que ele deixasse o local até que a polícia chegasse.
A família de Bruno alega que o crime foi claramente motivado por racismo e diz em comunicado “Fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime hediondo. Os filhos, a família e amigos do Bruno Candé Marques perderam um pai, um filho, um irmão e um amigo cuja vida foi ceifada pelo ódio, uma perda irreparável. Prestamos homenagem ao Bruno e exigimos que a justiça seja feita de forma célere e rigorosa”.
O bastonário da Ordem dos Advogados garante que, se se provar que a morte do ator teve motivações racistas, ao alegado homicida pode ser aplicada pena máxima.
Bruno Candé deixa três filhos (dois meninos e uma menina), de 7, 6 e 3 anos de idade. Ele ficou conhecido por suas participações em novelas como “Única Mulher” na TV e pertencia à companhia de teatro Casa Conveniente desde 2010.