O município enfrenta um outro vilão em meio à pandemia de coronavírus: o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Dados da Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, mostram que há 1.408 casos confirmados da doença na cidade, sendo 192 por critério clínico e, o restante, através de exames laboratoriais desde o início deste ano.
O total de notificações de dengue em Limeira até o momento é de 4.908. Deste número, 2.643 registros foram descartados. No entanto, ainda aguardam resultado 665.
A chefe da Divisão de Zoonoses, Pedrina Costa, explica que o combate à dengue em Limeira continua normalmente, mesmo durante a pandemia. De segunda à sexta-feira, acontecem as visitas de rotina e os agentes comunitários de saúde executam as ações em suas áreas de atuação. Aos finais de semana, há intensificação com a realização de mutirões. “Mas, em alguns imóveis, temos encontrado dificuldade de acesso para realizar o trabalho de orientação e fiscalização. Em alguns pontos, tem havido preocupação por causa da pandemia”, conta.
Não há necessidade de preocupação com relação aos agentes de combate à dengue, pois, além de estarem devidamente identificados, todos cumprem os protocolos sanitários e usam equipamentos de segurança.
ÁREAS CRÍTICAS
Pedrina alerta para o número preocupante de casos confirmados e de suspeitos da doença na cidade, especialmente em algumas regiões consideradas mais críticas, como do Parque Nossa Senhora das Dores onde “em pleno mês de julho, os casos continuam aparecendo”, enfatiza. Da mesma forma, há preocupação com as imediações do Jardim Nova Suíça, Ernesto Kühl, Parque Hipólito e outros em toda a cidade.
A chefe da Zoonoses diz que há muitos criadouros, mesmo em período de estiagem. O pedido à população é para que recolham ou eliminem tudo o que pode acumular água, pois a infestação de larvas pode se agravar assim que começar a chover. “Precisamos de atenção da população também com a dengue. Além do coronavírus, o mosquito da dengue também causa estragos”.