A Polícia Civil de Limeira (SP), com policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia de Cordeirópolis, prendeu 11 pessoas, a maioria de nacionalidade estrangeira, acusadas de aplicar golpes. O grupo estava num hotel da cidade e foi detido na noite desta quinta-feira (11). As atividades foram comandadas pelo delegado William Marchi.
A investigação do bando começou após um cordeiropolense ser lesado ao comprar produtos de um dos integrantes do grupo. Uma compra que tinha custado R$ 250 saiu por dez vezes mais, ou seja, R$ 2,5 mil. O crime foi praticado quando os estelionatários passaram o cartão da vítima com o valor sem ela perceber no momento. Ela descobriu somente depois, quando teve acesso ao extrato bancário.
Para o crime, foi usado um carro Peugeot de cor branca e, com auxílio da Guarda Civil Municipal, por meio da muralha digital, os investigadores passaram a monitorar se o automóvel entrava ou saía das cidades da região. Foi descoberto que o grupo estava num hotel de Limeira e, no endereço, os policiais detiveram 11 pessoas, sendo cinco de nacionalidade portuguesa, um da Espanha e o restante é do Brasil.
Com o bando, os policiais apreenderam 10 carros e o que chamou a atenção é que todos são alugados. Essa tática é usada na tentativa de despistar os investigadores. Por meio do sistema de monitoramento, foi descoberto alta frequência dos veículos em cidades como Rio Claro, Araras, Piracicaba, Santa Gertrudes, Nova Odessa, Hortolândia, Santa Bárbara D’Oeste, Itapetininga, Mogi Mirim, Sorocaba, Mogi Guaçú, Iracemápolis e Jundiaí, além de Limeira e Cordeirópolis.
Centenas de objetos que seriam comercializados pelo bando foram apreendidos, como perfumaria, óculos, vestuário, além de documentos, inclusive um deles falso, 16 máquinas de cartão bancário e quase R$ 10 mil. Porções de maconha também foram apreendidas.
Na delegacia, foi descoberto que parte do bando já tinha passagens pela polícia e um deles foi reconhecido pela vítima de Cordeirópolis.
Os integrantes do bando foram responsabilizados pelo delegado William Marchi por vários crimes, entre eles, associação criminosa, violação de direito autoral, estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falso, apropriação indébita e drogas para consumo pessoal. As investigações para identificar eventuais vítimas e outros integrantes prosseguem.