O governador João Doria anunciou na tarde desta sexta-feira (8) a prorrogação da quarentena até o dia 31 de maio. A medida é válida para todo o Estado de São Paulo, incluindo além da Grande São Paulo, o litoral e o interior. O objetivo é o enfrentamento ao coronavírus.
No final da tarde, o prefeito Mario Botion se pronunciou por meio de um canal oficial da Prefeitura, em que afirma que seguirá a decisão do governo estadual, embora tenha criticado o anúncio de Doria. “Temos que seguir o estado democrático de direito e as instâncias federativas”, afirmou. Mas ressaltou: “sabemos que a realidade dos municípios é diferente da verificada na Grande São Paulo, mas não temos alternativas por enquanto”.
Botion chegou a autorizar a abertura de outros setores da economia com critérios rigorosos de saúde, isso quando de decreto anterior de Doria. Porém, a decisão do prefeito foi suspensa em julgamentos ocorridos em duas instâncias judiciais. A Prefeitura recorreu e o caso está no Supremo Tribunal Federal (STF) para ser julgado.
No pronunciamento, Botion fez críticas à decisão de Doria. “Faltou sensibilidade do governo estadual em analisar a situação dos municípios”, declarou. Para o prefeito, o governador não poderia ter usado a mesma dose de remédio para um caso e repeti-la para outro, numa analogia ao quadro de coronavírus ser diferente entre a capital e o interior.
Botion argumentou que o trabalho na área médica adotado em Limeira vem seguindo critérios rigorosos em relação ao coronavírus, desde fevereiro. “Temos técnicos da área de saúde capacitados e, principalmente, muito responsáveis”, argumentou. Ele frisou ainda que vem realizando tratativas com todos os setores econômicos do município.
O prefeito também criticou o fato de o governador ter criado somente agora um conselho constituído por prefeitos de regiões administrativas para ouvir os municípios. “Essa medida está ocorrendo com muito atraso. Isso deveria ter se verificado desde o início da pandemia”.