Morreu na tarde de quarta-feira (8) um homem, de 45 anos, que foi atropelado pela ex-namorada, de 37 anos, em novembro de 2019. À época, ele precisou ser socorrido estado grave com ferimentos na cabeça. O homem foi encontrado morto em casa e ainda não se sabe se a causa da morte tem relação com o acidente.
A ex-namorada tinha medida protetiva para que o homem não se aproximasse, mas diante de ameaças constantes dele teria tentado procurar ajuda em um grupo de apoio que ele frequentava, no Centro de Limeira (SP) momento em que acabou se envolvendo na confusão que acabou com o atropelamento.
Uma sobrinha do homem o encontrou morto na tarde de quarta e até tentou acionar o Samu, mas ele já estava sem vida. Como ele tinha a lesão na cabeça e teria permanecido 15 dias internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por causa do trauma, a equipe médica que confirmou a morte pediu que a família registrasse o caso na Polícia Civil para que uma autópsia indique a causa.
O ATROPELAMENTO
O atropelamento aconteceu no dia 24 de novembro de 2019, quando a mulher, de 37 anos, procurou por conta própria a delegacia de Polícia para contar sua versão. Ela relatou que se relacionou com o homem por quatro meses, mas terminou diante do comportamento violento e possessivo dele, principalmente quando ele consumia cocaína.
Em outubro ela procurou a Delegacia de Defesa da Mulher para registrar ameaças e injúrias do ex-namorado, além de solicitar medida protetiva de urgência que a protegesse.
No dia do atropelamento, ela contou que o autor alterado estaria enviando uma série de mensagens em áudio no celular da filha dela, já que ele estaria bloqueado por ela. Mas na tentativa de resolver a situação, ela teria ido até o grupo do Narcóticos Anônimos que ele frequentava, no Centro de Limeira, para pedir apoio ao monitor do grupo e sugerir a possível internação do homem para tratar do vício.
Porém, eles se encontraram e ela decidiu deixar o local de carro. O homem descontrolado teria tentado a impedir e se deitou no capô do veículo já em movimento. Ele permaneceu em cima do carro, esmurrando e danificando o veículo enquanto ela dirigia. Cerca de dois quarteirões à frente, já no cruzamento da Rua Senador Vergueiro com a Humaitá, ela freou bruscamente para que o homem caísse do capô e fugiu do local com medo.
Ao informar a ocorrência na delegacia, a Polícia soube que o homem teria sido socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) até a Santa Casa de Limeira. Ele estava em estado grave, com ferimentos no crânio. Mas, de acordo com o médico responsável pela sua internação, ele não tinha ferimentos nos membros, o que indicava que o atropelamento não tinha sido intencional.
À época, o caso foi deixado em aberto para investigação, já que o homem não pode depor por estar em estado grave. Agora com seu falecimento registrado como morte suspeita o caso deve voltar a ser investigado pela Polícia Civil.