O câncer de próstata é um tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Trata-se do segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens, sendo o câncer de pele o mais recorrente.
Na presença de qualquer sintoma, recomenda-se a realização de exames; no entanto, homens com mais de 50 anos devem fazer exames periodicamente, mesmo sem a presença de nenhum sinal da doença.
A doença somente é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, realizado por médico especialista. A boa notícia é que, quando a doença é detectada em fase inicial, as chances de cura ultrapassam os 90%
“Esse é um tipo de câncer que tem comportamento variável, podendo ter baixa, intermediária ou alta agressividade; ele pode ainda estar localizado apenas na próstata, avançado localmente ou já espalhado em outros órgãos. O tratamento de cada paciente é baseado nesses e em outros fatores e é feito de maneira individualizada. Quando conseguimos detectá-lo em fase inicial, temos a possibilidade de tratamentos menos agressivos e muito mais sucesso”, detalha o Glauco Guedes – médico urologista.
FATORES DE RISCO
Idade: a maioria dos pacientes com câncer de próstata têm mais de 50 anos de idade, sendo que cerca de dois terços têm mais de 65 anos. O risco aumenta conforme o homem fica com mais idade
Histórico familiar: o risco é maior quando parentes como: pai, irmão, avós ou tios têm ou tiveram a doença, especialmente se eram jovens quando foram diagnosticados
Má alimentação e sedentarismo: uma dieta gordurosa, especialmente com gorduras de origem animal, pode contribuir com o risco; por outro lado, uma alimentação rica em legumes e frutas pode reduzir chance de ter a doença. A falta de atividades físicas regulares é outro agravante
SINTOMAS
Normalmente, em estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas e, por isso mesmo, as visitas regulares ao médico urologista são essenciais para um diagnóstico precoce. Alguns sintomas do câncer de próstata também são presentes em outras doenças, portanto somente um médico, depois de exames e biopsia, poderá definir um diagnóstico precisamente.
A seguir, alguns:
– urinar pouco de cada vez;
– urinar com mais frequência, especialmente à noite;
– dificuldade e dores ou ardência ao urinar;
– redução da força do jato urinário;
– sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar;
– demora para iniciar o ato de urinar;
– presença de sangue no sêmen ou na urina;
– ejaculação dolorosa
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico combina o exame de sangue e o exame de toque retal. O exame de sangue mede os níveis de PSA (antígeno prostático específico), e não elimina a necessidade do toque retal, através do qual o urologista pode sentir nódulos ou tecidos endurecidos.
Atenção, nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, o médico pode pedir outros exames, dependendo da idade e do estado de saúde do paciente.
Importante: os homens em geral devem iniciar a rotina de exames anuais aos 50 anos de idade. No entanto, aqueles que têm casos de câncer de próstata na família e os negros devem começar o acompanhamento médico um pouco mais cedo, aos 45 anos. Estudos mostram que pacientes negros têm maior incidência desse tipo de câncer em comparação a brancos ou amarelos.
TRATAMENTO
Como destacado anteriormente, trata-se de uma doença com grandes chances de cura, especialmente se detectada em seus estágios iniciais. Os pacientes, juntamente ao médico, podem escolher entre diferentes tratamentos, cada um com individualidades de benefícios, riscos e efeitos colaterais. O melhor tratamento para cada caso depende de diversos fatores, como idade, estado geral de saúde e a chance de cada tratamento curar o câncer. Radioterapia, cirurgia, hormonioterapia e quimioterapia são exemplos de tratamentos. No caso das cirurgias, a robótica tem sido uma grande aliada.
“Ter a robótica como aliada em cirurgias de próstata é poder proporcionar aos pacientes benefícios maiores e riscos muito inferiores, se compararmos aos procedimentos tradicionais. Os robôs têm acessos a áreas que nós médicos não teríamos sem ajuda deles; nem mesmo a laparoscopia nos permitia tantos recursos. Somente os robôs têm visibilidade 3D dos tumores, a laparoscopia, por exemplo é 2D; ou seja, temos um avanço visual enorme com essa tecnologia. Isso é essencial no processo cirúrgico”, fala Dr. Glauco Guedes – médico que operou dezenas de pacientes usando a tecnologia robótica.
O trabalho com robótica na medicina já é uma realidade no Brasil; tal tecnologia tem salvado a vida de milhares de pessoas não só no Brasil, como no mundo todo. O médico Glauco Guedes destaca outras vantagens da cirurgia com o auxílio dos robôs. “A precisão de um robô é milimétrica e muito mais precisa, os riscos de atingir áreas indesejadas ou ferir algum tecido são extremamente mais baixos. Tudo isso, sem contar os cortes menores, o que gera recuperação mais rápida e cicatrizes pequenas”, fala Dr. Glauco Guedes – médico que operou dezenas de pacientes usando a tecnologia robótica.