O crescente número de capivaras no Parque Ecológico do Jardim do Lago, em Limeira (SP), preocupa moradores do bairro e frequentadores do local. Na última quarta-feira (6), um ataque a um cachorro que passeava com seu dono, deixou o animal gravemente ferido. Ele foi socorrido e passou por cirurgia.
Segundo Adriana Gisele da Silva Celeguin, seu irmão teria saído com Nero, um cachorro da raça border collie, para passear no parque, quando foram surpreendidos pelos animais que estavam em bando. Nero foi atacado e ficou gravemente ferido precisando ser socorrido para um hospital veterinário, onde passou por cirurgia.
Nero teve ferimentos na boca, no corpo e também a barriga perfurada, sendo necessários 11 pontos internos e externos. Após a cirurgia, o cão começou o tratamento com antibióticos e o estado de saúde de Nero é considerado estável.
A família contou que foram gastos cerca de R$ 900 reais para salvar a vida do cãozinho.
Adriana entrou em contato com o Rápido no Ar, para realizar um apelo aos órgãos públicos. Moradores da região relatam que é comum visualizar nas ruas dos entornos do parque, bandos cada vez maiores de capivaras, circulando tranquilamente – “Deixo aqui meu apelo para os responsáveis e autoridades da Prefeitura Municipal de Limeira, para que tomem alguma atitude quanto aquelas capivaras que habitam o parque, pois além de serem hospedeiras do carrapato que transmite a doença da febre maculosa, essas capivaras podem ocasionar alguns acidentes mais graves.” Finaliza, Adriana.
A PREFEITURA
A diretora do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal da prefeitura, Cristiane Kucska Masutti, esclarece que as capivaras são animais silvestres, e portanto, protegidos pela legislação vigente e que o município não tem autorização do Governo Estadual/Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para realizar o manejo desses animais.
Em reunião realizada no ano passado, com integrantes das secretarias de Meio Ambiente e Agricultura e de Saúde, a Sucen não recomendou a retirada das capivaras do parque, considerando-se a possibilidade de novos grupos de indivíduos ocuparem as lagoas.
Somada a essa questão, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, afirmou que a transmissão da febre maculosa ocorre por meio do carrapato estrela, quando infectado pela bactéria do gênero Rickettsia, e que não há casos de contaminação da febre maculosa na área do parque. Apesar disso, a orientação do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal é que os munícipes não passeiem com seus cachorros pelas áreas de circulação das capivaras.