A Secretaria de Saúde de Limeira confirmou nesta sexta-feira (4) três casos de chikungunya no município. As ocorrências foram notificadas entre maio e junho e confirmadas agora pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. A pasta pede que os munícipes continuem com as ações de prevenção do Aedes aegypti, que é o vetor da doença.
A primeira ocorrência é de uma mulher de 56 anos, notificada em 31 de maio, a transmissão foi identificada como autóctone, ou seja, contraída no próprio município. A notificação do segundo caso ocorreu em 5 de junho e trata-se de outra mulher, de 60 anos, que adquiriu a enfermidade no estado do Rio de Janeiro. O registro mais recente, notificado em 14 de junho, foi importado do município de Jacareí (SP), o paciente é um homem de 61 anos. A pasta informa que todos os pacientes apresentam bom estado de saúde.
Com essas novas notificações, o município contabiliza quatro ocorrências da doença desde o início do ano, conforme levantamento da Divisão de Vigilância Epidemiológica. Há outros cinco casos que aguardam resultado de exame laboratorial.
A chikungunya é causada por um arbovírus, transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti – o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. A doença é caracterizada por febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e dor intensa nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), podendo apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. A fase aguda dura até 15 dias, porém, algumas pessoas podem desenvolver um quadro crônico, com dores nas juntas que duram meses ou anos.
O tratamento da chikungunya varia de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente, sendo que o médico responsável pelo caso pode fazer a prescrição de medicamentos para aliviar os sintomas. O diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, recomenda que as pessoas procurem os serviços de saúde logo no início do aparecimento dos sintomas e evitem a automedicação. “Tomar remédio por conta própria pode mascarar os sintomas, dificultando o diagnóstico da doença”, frisou.
Quanto à prevenção, Ferrari pede apoio da população, no sentido de eliminar os criadouros do Aedes aegypti. “É importante que os munícipes vistoriem a própria casa pelo menos dez minutos por semana, para descartar possíveis focos do mosquito”, destacou. Ele observou, ainda, que a prefeitura mantém intensas as ações de controle do mosquito, com trabalho “casa a casa”, mutirões, vistoria de pontos estratégicos e imóveis especiais, ações de limpeza compulsória em imóveis que oferecem risco à saúde pública, entre outros.