Na última sexta-feira (16) um velório foi interrompido na cidade de São Luís do Curu, no Ceará, após a família suspeitar que Raimundo Bezerra de Sousa, de 61 anos, havia se mexido no caixão.
Segundo sua esposa, quando ela estava ao seu lado no velório, ele teria apertado sua mão. Diversas pessoas da família também relataram que ele estava transpirando dentro do caixão.
Raimundo estava cumprindo pena na cadeia de Trairi, na quinta-feira (15), ele teria passado mal e foi internado no Hospital Municipal de Itapipoca (CE), mas não resistiu e morreu. O corpo foi transferido para São Luís do Curu para ser velado.
Após a família ter a sensação que o homem poderia estar vivo, eles acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi até o velório e atestou a morte. Ainda suspeitando, a família decidiu levar o corpo de Raimundo até o Hospital Municipal Antônio Ribeiro da Silva, lá os médicos analisaram o caso, realizaram exames e atestaram novamente o óbito. Por volta de 18h o corpo foi sepultado.
MOVIMENTOS SUSPEITOS
Segundo o coordenador do Laboratório de Anatomia da universidade Federal do Ceará (UFC), Helson Silveira, é comum ocorrer contrações após a morte. Esse fenômeno pode ser caracterizado porque as células morrem “aos poucos” e assim pode gerar contrações em alguns músculos do corpo.
“Às vezes é comum haver esses espasmos e o cadáver contrair a mão, o pé ou o corpo inteiro. Outro fenômeno que pode acontecer são os gases, urinar, defecar ou arrotar. As bactérias começam a se espalhar pelo intestino e isso da impressão que o indivíduo está respirando ou se mexendo. São alterações que causam espanto. O suor é comum porque há líquido no corpo e ele começa a sair.” Disse Helson.