A duas semanas do fim da Campanha de Vacinação contra a gripe de 2020, mais de 11,9 milhões de pessoas já se vacinaram contra a influenza, no estado de São Paulo. Porém, sete a cada dez mães e menores de seis anos ainda precisam se imunizar – esses grupos que ainda têm cobertura vacinal de apenas 30%, em média.
Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde faz um alerta especial para as famílias, para que estes grupos compareceram aos postos. Até o momento, foram vacinadas somente 930.984 crianças (30,5% de cobertura vacinal), 136.117 gestantes (30%) e 24.673 puérperas (33,3%). A meta é alcançar pelo menos 90% de um total de 3 milhões de crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, 451,1 mil gestantes e 74,1 mil puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias).
Nesta última fase, as doses estão disponíveis para 2 milhões de adultos de 55 a 59 anos de idade, além de professores de escolas públicas e privadas. Foram vacinadas 528,4 mil pessoas na faixa de 55-59 anos (26,2% de cobertura) e 127,7 mil professores.
Ainda assim, quem faz parte de outros grupos e ainda não procurou uma unidade de saúde para ser imunizado, pode comparecer aos postos até o final da campanha, que se encerrará no dia 5 de junho.
Balanço total
A meta da campanha deste ano é vacinar 90% da população-alvo de 15,4 milhões de moradores de SP. Já foi atingida 100% de cobertura com a imunização dos seguintes públicos: idosos (5,7 milhões vacinados); profissionais da saúde (1,4 milhão) e indígenas (mais de 5 mil).
Também já estão imunizadas 2 milhões de pessoas com doenças crônicas; 201,6 mil no sistema prisional, 155,2 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 112,8mil caminhoneiros; 67,8 mil motoristas de transporte coletivo; e 7,4 mil trabalhadores portuários.
Neste ano, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019. E as doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).
Coronavírus
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretario de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.
As equipes devem anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.
Etapas da campanha de 2020
– Etapa 1: iniciada em 23 de março, para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; inclusão de profissionais de forças de segurança e salvamento desde 30 de março.
– Etapa 2: começou em 16 de abril para portadores de doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais; caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários; sistema prisional; indígenas;
– Etapa 3: a partir de 11 de maio e dividida em duas fases:
– 1ª fase: de 11/05 a 17/05 para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas até 45 dias.
– 2ª fase: 18/05 a 05/06 para adultos de 55 a 59 anos de idade e professores das escolas públicas e privadas.