O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação judicial pedindo que os pais de uma adolescente de 13 anos, que publicou um vídeo insinuando um possível ataque à escola em Itapeva, paguem uma indenização de R$ 50 mil por dano moral coletivo. O vídeo em questão foi postado no TikTok e mostra a jovem guardando facas em sua mochila, com a legenda indicando a data escolhida para o suposto ataque, que seria no dia 20 de abril.
O promotor de Justiça Fabrício Pereira de Oliveira ressaltou que, mesmo que o ato seja resultado de uma ação impensada de uma adolescente, os pais têm responsabilidade pela conduta da filha. Segundo ele, o acesso irrestrito ao celular e a possibilidade de seu uso sem supervisão ou orientação de um adulto só reforçam essa responsabilidade. O fato de o vídeo ter sido postado em um momento em que há ameaças e ataques envolvendo a comunidade escolar em Itapeva, contribuindo para o aumento da situação de pânico coletivo na cidade, também foi citado pelo promotor.
A Justiça determinou que os pais da adolescente devem fiscalizar as ações da filha, especialmente as praticadas nas redes sociais, sob pena de multa de R$1.000,00 por ato que possa causar preocupação na comunidade local, especialmente no que tange a ameaças e ataques a escolas. O caso serve como um alerta para a importância da supervisão e orientação dos pais em relação ao uso das redes sociais por adolescentes, assim como a necessidade de se evitar a disseminação de informações falsas que possam gerar pânico na comunidade.
