A Justiça de Limeira (SP) procura pelo empresário Willian Donizetti Pereira Campos, que, em 2010, deixou vários limeirenses com prejuízo de R$ 81,4 mil. Ele tinha uma marcenaria na Vila Camargo e foi condenado em 2014. Atualmente, ele tem um mandado de prisão em seu desfavor.
Na época, o Ministério Público (MP) o denunciou por estelionato e relacionou 28 limeirenses que alegaram ter sido vítimas do empresário. O prejuízo delas somoou R$ 81,4 mil e, além dessas pessoas, o MP citou outras quatro que quase tiveram prejuízos no valor de R$ 23,9 mil.
As vítimas registraram boletins de ocorrência na Polícia Civil e a totalidade alegou que contratou o marceneiro para a fabricação de móveis residenciais e não receberam os objetos. Num dos relatos, uma das vítimas descreveu que contratou o marceneiro para fazer os móveis de sua residência, pois estava com o casamento marcado, e deu como entrada a quantia de R$ 3 mil em cheque, que chegou a ser compensado. O restante foi parcelado em 17 cheques e, na semana seguinte da compensação do primeiro cheque, a empresa fechou e o empresário sumiu. O cliente sustou os cheques, mas, como algumas folhas foram protestasdas, teve seu nome hegativado. Por fim, disse que nunca recebeu os móveis.
Outro cliente, que teve prejuízo de quase R$ 2,5 mil, informou à Justiça que o nome de sua esposa foi inserido no Serasa e que, após a contratação do empresário, passou a ser cobrado por outras pessoas, pois tinha fornecido 14 cheques para a fabricação de seus móveis. Outra vítima teve prejuízo de mais de R$ 20 mil, conforme depoimento em juízo.
A DEFESA
Na época, o empresário confessou que ficou em dívida com os clientes. Alegou que sempre trabalhou no ramo de marcenaria e, em determinado momento, resolveu crescer e abriu uma empresa. Disse que a empresa se expandiu muito e ele não tinha capital de giro nem noções de administração.
Quando percebeu que o financeiro da empresa estava comprometido, fez uma parceria com um designer da cidade e começaram a trabalhar. Em determinado momento, o designer informou que não queria mais a sociedade e fechou o barracão, alegando que apenas deixaria retirar seus maquinários quando efetuasse o pagamento.
Disse ainda que, como estava com o nome no Serasa, não conseguiu alugar nenhum imóvel e nem comprar produtos dos fornecedores. Afirmou ainda que seus funcionários pediram a conta e que fez o que pode para tentar cumprir seus contratos.
O designer também prestou declaração à Justiça e declarou que não teve sociedade com o marceneiro, mas uma parceria inicial, que descreveu como catástrofe.
A SENTENÇA
A sentença do caso saiu em 2014 e a juíza Daniela Mie Murata Barrichello condenou o empresário a três anos de reclusão por estelionato. Porém, como ele era réu primário, a juíza substituiu a pena privativa de liberdade por uma pena de prestação pecuniária, no valor de R$ 1,5 mil, para cada vítima.
Porém, conforme apurado pelo Rápido no Ar, o empresário deixou de cumprir a sentença e, por isso, a pena voltou a ser privativa de liberdade, ou seja, a Justiça expediu mandado de prisão com validade até 2022.
Quem tiver denúncias sobre o paradeiro do empresário pode comunicad a Polícia Militar, por meio do 190.