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Veja o que se sabe até agora sobre os casos de intoxicação por bebida adulterada em SP

Foto: Marcelo Alixandre/Rápido no Ar

Duas mortes foram confirmadas após consumir bebida adulterada com metanol. Nove casos estão confirmados em São Paulo, e outros dez seguem sob investigação. Uma das vítimas seria de Limeira e foi internada em estado grave, como foi mostrado em primeira mão pelo Rápido no Ar. Autoridades emitem alertas e preparam ações emergenciais.

Casos de intoxicação por metanol voltaram a preocupar autoridades de saúde pública em São Paulo. O estado já registrou nove intoxicações confirmadas, com duas mortes – uma na capital e outra em São Bernardo do Campo. Há também uma pessoa internada em estado grave em Limeira, no interior do estado, após consumir bebida adulterada.

As bebidas envolvidas foram adquiridas em bares e estabelecimentos informais, e incluem produtos como gin, vodka e whisky. Segundo o governo federal, os casos são considerados fora do padrão por ocorrerem em contextos sociais, envolvendo pessoas de diferentes faixas etárias e cidades, como Limeira, Bragança Paulista, São Paulo e São Bernardo.

O que é metanol e quais os riscos

O metanol é uma substância líquida, tóxica e inflamável, utilizada na indústria química. Seu consumo é proibido e pode provocar cegueira irreversível, falência orgânica e morte, mesmo em pequenas quantidades.

A Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia (ABNO) alertou que os sintomas de intoxicação surgem entre 12h e 24h após a ingestão e incluem visão turva, dor de cabeça, vômitos, confusão mental e, em casos graves, perda total da visão.

O tratamento inclui antídotos intravenosos, bicarbonato, vitaminas específicas e hemodiálise. O tempo de atendimento médico é crucial para evitar sequelas graves.

Fiscalização e medidas emergenciais

Diante do aumento dos casos, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP) confirmou que dez novas ocorrências suspeitas estão sob investigação, e reforçou o alerta para que bares e estabelecimentos redobrem os cuidados com a origem das bebidas.

O governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), classificou a situação como de potencial epidêmico e convocou uma reunião emergencial do Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido (SAR), marcada para o dia 29 de setembro, com foco em ampliar ações de fiscalização e prevenção.

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) informou que mais de 160 mil produtos falsificados já foram apreendidos em 2025 e reforçou que o consumo seguro depende da escolha de bebidas com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal.

Veja o que se sabe até agora

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